10 grafiteiras tão geniais quanto Banksy

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CULTURA

Por Huffington Post / Tradução: Anna Beatriz para o site Spresso SP

Confira as mulheres que se destacam e impressionam na arte de rua




Há muitas razões para acompanhar e admirar Banksy, o rei anônimo de arte de rua, que vão desde seu engajamento político à inovadora maneira com que utiliza a internet como espaço de exibição de suas obras. No entanto, ele está longe de ser o único artista a empregar essas ferramentas, mesmo em uma escala massiva.

O jornal norte-americano The Huffington Post fez uma lista com dez artistas de rua tão boas quanto Banksy. Veja:

1. KASHINK

Moradora de Paris, a grafiteira Kashink tem como especialidade retratar homens gordos e cabeludos com quatro olhos, que vão desde gangsters a shamans. Nos muros e também fora deles, ela desafia os padrões de gênero: raramente é vista sem seu bigode desenhado por um lápis. “Meu nome, Kashink, é uma palavra onomatopaica”, explicou em uma entrevista ao blogue Global Street Art. “Tirei dos quadrinhos que lia quando era criança. É um som que traz a ideia de ação”.

(Imagem: Divulgação)

2. Mis Van

A francesa Mis Van, hoje moradora de Barcelona, é uma das pioneiras da arte de rua. Seus muros icônicos retratam mulheres barrocas vestidas com casacos de pele e pérolas. Quase sempre usando máscaras de animais – “Eyes Wide Shut”-, suas protagonistas femme fatale são igualmente sedutoras e perigosas. “Homens se atraem naturalmente, e mulheres se identificam com ela”, disse Miss Van à revista Juxtapoz sobre sua arte.

(Imagem: Divulgação)

3. Clare Rojas

Rojas, artista que vive em São Francisco, transforma em imagens histórias folclóricas, nostálgicas mas subversivas, que desafiam os papeis de gênero enquanto emanam um senso de equilíbrio e calma. Seus trabalhos recentes são mais abstratos, canalizando sua energia criativa em colisões geométricas impressionantes. “Uma vez me disseram que o único jeito de não ter nada na cabeça é focar no corpo”, afirmou Rojas em entrevista ao Huffington Post. “Faço isso correndo, por exemplo. Sentindo minha respiração, meu coração bater, meus pés se mexerem. É assim que me sinto em relação à arte abstrata. É instintivo. Diz respeito muito mais ao ‘sentir’ do que ao ‘intelectualizar’.”

(Imagem: Divulgação)

4. Lady Pink 

Lady Pink, nascida no Equador e criada em Nova Iorque, começou sua carreira pintando vagões de metrô em 1979, e realizou sua primeira exposição solo aos 21 anos. Durante muito tempo, foi a única mulher grafiteira do cenário e, por um período, foi também uma feminista feroz, sem nem mesmo se dar conta disso. “Defendemos nosso trabalho com unhas e dentes e muita coragem”, ela disse ao Brooklyn Art Museum. “Quando homens te desrespeitam, você precisa ensiná-los uma lição. Senão, eles passarão por cima de você.”

lady pink

5. Maya Hayuk

Moradora do Brooklyn, em Nova Iorque, Hayuk é conhecida por utilizar técnicas e elementos da arte ucraniana em suas formas geométricas e psicodélicas. Algo entre delírios planos e uma colcha de retalhos tradicional, os murais de Hayuk são ao mesmo tempo intoxicantes e acolhedores. “Quando eu era criança, meus avós me ensinavam a fazer artesanatos como bordados e pinturas ‘batik’ em ovos, além de recitar poesias”, explicou a artista. “Essa foi, provavelmente, a primeira e mais forte influência na minha vida. Aprendi não apenas a ter mãos firmes e determinação, mas eles me ensinaram também a riqueza do significado de todos esses símbolos geométricos”.

(Imagem: Divulgação)

6. Olek

Polonesa, mas residente em Nova Iorque, Olek trabalha com crochês e constantemente transforma espaços, objetos e pessoas em telas para suas malhas. Combinando o engajamento punk, imagens pop e mensagens políticas, sua peças são esteticamente agradáveis e provocativas à mente. “Para mim, é crucial criar peças que funcionam em dois níveis: o conceitual e o visual”, ela disse ao Huffington Post. “A pessoa que passa pode olhar apenas de forma superficial, mas, intelectualmente, sabemos a história. É assim em todos os meus trabalhos.”

olek

7. Lady Aiko

A japonesa Lady Aiko também vive em Nova Iorque e incorpora em suas representações lúdicas elementos da Por Art,  abstracionismo, grafite e arte japonesa. “Acho que, por meio de meu trabalho, represento a energia feminina”, explicou ao The Telegraph. “Se no começo foi difícil, agora gosto do fato de que sou uma mulher em um campo masculino. Posso precisar de um degrau a mais na escada, mas ainda consigo chegar ao mesmo patamar.”

(Imagem: Divulgação)

8. Faith47

A estética da sul-africana Faith47 traz espiritualidade e natureza aos ambientes urbanos, reproduzindo na vida real ilustrações dos contos de fadas. “Amo a maneira com que os trabalhos são temporários”, afirmou em entrevista ao portal Senses Lost. “Nada dura para sempre… O vento e o sol desgastam as imagens… É uma faísca que alguém pode ver, e depois se vai.”

(Imagem: Divulgação)

9. Shamsua Hassani  

Hassani é uma das primeiras artistas mulheres do Afeganistão. Sua arte incorpora elementos temáticos, como a burca. “Muita gente esquece a tragédia que as mulheres vivem no Afeganistaão”, explicou em entrevista ao portal Street Art Bio. “É por isso que uso meus desenhos como um meio de lembrar as pessoas. Quero dar destaque a esse assunto na sociedade, com ilustrações representando mulheres com burcas em todos os lugares. Tento mostrá-las maiores do que de fato são, e também de forma mais moderna, relacionando-as com felicidade e movimento. Tento fazer com que sejam vistas de outra maneira.”

(Imagem: Divulgação)

10. Alice Mizrahi

Mizrahi, artista que vive em Nova Iorque, cria ilustrações de meninas e mulheres como “arquétipos sagrados”, na tentativa de empoderá-las. Além disso, junto com a grafiteira Toofly, fundou o Younity (http://www.theyounity.com/), um fórum de para artistas de rua mulheres. “Para mim, não há diferença”, disse Mizrahi para o site Street Art NYC, falando sobre seu trabalho nas ruas e em galerias. “Minha arte é minha arte, seja em um muro, em uma tela ou em um pedaço de madeira. Gosto de me expressar, me divertir e explorar. Não gosto de rótulos.”

ALICE MIZRAHI

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