100 anos do “zoológico” Vanzolini e minhas coincidências de data

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Por Washington Luiz de Arújo, jornalista, Bem Blogado

Eu tenho umas coisas com coincidência de datas que não entendo e que um dia podem virar livro. Vou só colecionando. Duas delas aconteceu há dois dias.




Na noite do domingo, 21 de abril, estava em São Paulo, na casa do mano Luiz Carlos (Lula) e da companheira dele, Damaris. Batendo um papo gostoso, molhado com uma boa cerveja, estavam meu mano e cunhada e mais os amigos: o poeta Valmir, companheira Paula e filha Aridane quando falou-se em Paulo Vanzolini e Adoniran Barbosa e da arte dos dois em comporem sobre São Paulo como se proseassem crônicas.

Lembrei que, certa vez, alguém comentou com Adoniran sobre a semelhança temática de sua música com a do artista e cientista formado em Zoologia por Harvard. O modesto autor de “Trem das Onze”, “Saudosa Maloca” e tantas outras músicas crônicas da capital paulista, teria dito que Vanzolini era muito mais inteligente do que ele. Afinal de contas, o autor de “Ronda” e “Volta Por Cima” era um “zoológico”.

Já no dia 23, no feriado de São Jorge, de volta para a morada no Rio, fomos, eu,a companheira Carmola e o melhor amigo do homem e da muljher, Açaì, à Casa de Artes de Paquetá, do José Lavrador Kevorkian e sua companheira Josiane.

Na Casa mora a boa música e, lógico, sempre tem um bom papo regado a cerveja e cachacinha das boas, pois uma coisa puxa outra. Lá, novamente, Paulo Vanzolini foi lembrado.

Foi numa conversa entre o Zé Lavrador, minha companheira Carmola, Julio Marques, Mary Ferreira, Márcio Miranda e os cachorros Piloto e Açaí (sim, em Paquetá cachorro também faz parte de conversa ou “cãoversa” (caraca!).

A razão? Um amigo ter perdido a carteira com dinheiro e documentos numa noite de embriaguez. Lembrei de pronto da música “Praça Clóvis”. Eu, péssimo cantor, mas com algum memória, fui lembrando da música quando minha companheira Carmola e o Márcio, mineiro que viveu umas épocas em Sampa, começaram a cantar:

Desculpem, mas vai a letra completa aqui:

Na praça Clóvis
Minha carteira foi batida
Tinha vinte e cinco cruzeiros
E o teu retrato
vinte e cinco
Eu, francamente, achei barato
Pra me livrarem
Do meu atraso de vida
Eu já devia ter rasgado
E não podia
Esse retrato cujo olhar
Me maltratava e perseguia
Um dia veio o lanceiro
Naquele aperto da praça
vinte e cinco
Francamente foi de graça

Bom tudo isso para dizer que hoje, 25 de abril, Paulo Vanzolini completa cem anos e que em nenhuma das duas oportunidades nos últimos dias não se lembrou que ele faria 100 anos. Aliás, ninguém teve a inicativa, que já está virando hábito, de se consultar o Wikipédia para ver data de nascimento de quem é lembrado num papo. Chato u não, sou um dos que têm feito isso constumeiramente.

Bom dito iss, Salve Vanzolini!

E Vamos de Chico Buarque em “Praça Clóvis” e uma lista com outras músicas do grande compositor.

Músicas na Rádio Batuta nos 100 anos de Paulo Vanzolini

https://radiobatuta.ims.com.br/playlists/paulo-vanzolini?fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTAAAR0iVdr_yKc_OlxLE9DnzlwfKASt8qaPi9YBu1idkpdEVWVrrHeIrgQEZNk_aem_AZW23weyHrikRFweJoxr9IHieLmPGDgU8FfwivSOEaUGHg9yNE1W43iPv5WecCsV7JwCWToXgPrn5OYDBPrVd5n2

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