Comitês populares denunciam taxa de juros absurda e mobilizam protesto nacional
De acordo com Mariana Janeiro, secretária nacional de mobilização do Partido dos Trabalhadores (PT), a diminuição recente na taxa de juros não foi suficiente para estimular a economia
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Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Comitês populares, sindicatos, movimentos sociais e partidos de esquerda estão unindo forças para combater as persistentes altas taxas de juros no país. Desta sexta-feira (25) a domingo (27), uma série de atividades está programada em todo o território nacional, visando não apenas discutir as taxas de juros, mas também pedir o afastamento do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
O Movimento Conjunto dos Comitês Populares, um dos principais motores dessa mobilização, tem como objetivo engajar a população em debates sobre as altas taxas de juros herdadas da gestão anterior. Mesmo após uma modesta redução de 0,5% na última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Brasil ainda ostenta a mais alta taxa de juros globalmente.
De acordo com Mariana Janeiro, secretária nacional de mobilização do Partido dos Trabalhadores (PT), a diminuição recente na taxa de juros não foi suficiente para estimular a economia. Ela enfatiza que essa herança de altas taxas de juros é resultado da administração anterior e precisa ser revertida pelo Banco Central. Mariana argumenta que, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições, é crucial unificar esforços para dar suporte ao presidente em questões centrais para a reconstrução do país.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) também está desempenhando um papel importante nesse movimento. Durante os congressos estaduais realizados em nove estados, trabalhadores têm denunciado o impacto negativo das taxas de juros em suas vidas. Janeslei Albuquerque, secretária Nacional de Mobilização e Relações com os Movimentos Sociais da CUT, destaca que esses congressos estão servindo como um fórum vital para ampliar a discussão e ações contra a abordagem do presidente do Banco Central.
Até o momento, 14 estados já anunciaram sua participação nas ações conjuntas, que estão abertas a todos os interessados. Informações detalhadas podem ser encontradas nas redes sociais dos comitês populares, como o @comitepopularoficial no Instagram e o @comitelula no Twitter. A mobilização em massa evidencia a determinação desses grupos em lutar por mudanças significativas na política monetária e na economia do país.