Por Adriana do Amaral, jornalista
Identidade, representatividade, coletividade. Caberia melhor do que Ordem e Progresso na faixa branca da bandeira nacional. Você concorda? Essa reflexão me veio a mente após ler a quarta edição da Revista Imprensa Jovem, um projeto de extensão universitária que reúne estudantes da rede pública municipal de ensino fundamental da cidade de São Paulo e universitários, sob a ótica da Educomunicação. O desafio da vez foi refletir sobre três tema sinérgicos: os 200 anos da Independência do Brasil, a Copa do Mundo e os processos migratórios. Pauta atualíssima.
Alunos na faixa etária entre nove a 13 anos assumiram a tarefa de tornarem-se jornalistas. Ao longo do segundo semestre, pesquisaram, entrevistaram, redigiram, fotografaram e fizeram arte. O resultado foi “show de bola”, com direito aos retratos de parte da seleção de craques na capa.
Ao longo da edição, percebi que o jovem “periférico”, conhece bem os desafios atuais. Não apenas de quem vive na capital paulista, mas na sociedade atual.
A identidade de gênero, de raça, geracional; o senso crítico, mas também a cultura que se funde com a tradição, os costumes e os sonhos! Uma leitura atenta permite desvelar universos múltiplos, revela o debate atualizado, o engajamento.
Sobretudo, o talento da moçadinha e a capacidade de se comunicar através dos textos, poemas, desenhos, charges. A atitude e a inquietação contidas nas reportagens.
Ao final da leitura, muitas indagações. Liberdade? Para quem? Independência? Será mesmo? E a certeza: a conquista não vem do grito, mas da atitude. O gol pode até ser um feito individual, mas a conquista depende da força da equipe.
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