Por Washington Luiz de Araújo, jornalista –
O atual presidente e seus seguidores vivem dizendo que não houve ditadura, que não houve assassinatos e torturas entre 1964 e 1985. A mentira é tão grande que até a data do golpe eles anteciparam por um dia para não coincidir com o dia da…mentira. Bolsonaro tomou um puxão de orelha de membros do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União e da OAB, alertando-o de que está cometendo um crime ao incentivar comemorações sobre a data do golpe. Faltam atitudes do Congresso e do STF.
O presidente é acompanhado por alguns na sanha de lavar o sangue derramado pela ditadura, mas, certamente, a maioria não corrobora das suas ações. O problema é que o silêncio, a omissão de instituições e de milhões de brasileiros, o incentivam em suas ações.
Mas, pensando bem, que Bolsonaro e seus iguais comemorem o 31 de março, pois sabemos que o golpe se concretizou um dia depois. Estarão comemorando a mentira tão utilizada e, infelizmente, muito acreditada, na última campanha presidencial. Vivemos dias de mentiras, mas a deturpação dos fatos tem sido cada vez mais verdadeira.