Por Luiz Antonio Simas, Facebook –
Certa feita escrevi um arrazoado em que assumi ficar impressionado com a constatação de que somos um país com quantidade de pessoas que, em processos de regressão, descobriram coisas espetaculares.
Reunimos no Brasil pessoas que em outras vidas foram centuriões romanos, imperadores chineses, beduínos do deserto, faraós, rainhas, pajés, profetas do Velho Testamento, apóstolos, guerreiros tuaregues, cavaleiros da infantaria de Gengis Khan, astrônomos queimados pela Inquisição, papas e dançarinas de cabarés parisienses [invariavelmente assassinadas por ciúmes].
Conheço um sujeito que atribui seus problemas de baixa estima ao fato de ter sido o chefe do corpo de bombeiros do governo Nero, em Roma e um lutador machão de vale tudo que entrou em crise ao saber que foi uma cigana sensual, amante de um Vice Rei, assassinada numa taberna de Sevilha, no século XVII.
Pesquisando no google, meu babalorixá virtual, encontrei doze relatos de brasileiros que foram faraós no Egito Antigo. Nos arquivos do Notícias Populares, jornal que marcou época, me deparei o caso do empresário goiano do ramo de laticínios que foi Pôncio Pilatos. Descobriu, por isso, de onde vinha sua mania de lavar as mãos duzentas vezes por dia, inicialmente diagnosticada como um transtorno obsessivo compulsivo. Ficou curado.
O que anda me preocupando em relação a isso é o seguinte: pela entrevista que o tenebroso ministro da previdência social acabou de conceder, não me surpreenderei se em breve sugerirem, baseados na nossa megalomania espiritual impactante, que os brasileiros só poderão se aposentar depois de 450 anos de contribuição ou sete encarnações comprovadas por sessões de regressão a vidas passadas feitas por técnicos do ministério especializados no babado.
Vamos nos preparar, porque a tendência do sanatório geral brasileiro é essa.