Por Girrana Rodrigues, do Elástica, publicado no Portal Geledés –
Nesta terça-feira (13), comemora-se o Dia Mundial do Escritor. Esses seres responsáveis por nutrir nosssa imaginação, muitas vezes também nos fazem refletir. Para comemorar esse dia, listamos cinco escritores que falam sobre feminismo, racismo, desigualdade social e que não podemos deixar de ler.
1.Virginia Woolf (1882-1941)
Virginia Woolf foi uma escritora modernista britânica que trazia em seus livros a crítica a posição da mulher no século XX. Um dos seus livros mais famosos, Mrs. Dalloway, conta a história da protagonista Clarissa, que, como a maioria das mulheres daquela sociedade, era uma típica dona de casa submetida financeiramente ao marido. Algumas vezes, a referência ao patriarcado é mais direta em suas obras, como é o caso do conjunto de ensaios Profissões para Mulheres e Outros Artigos Feministas, nos quais a escritora fala sobre a dificuldade que a mulher tinha para entrar no mercado de trabalho. Temas que continuam atuais, apesar dos avanços.
2. Simone de Beauvoir (1908-1986)
Beauvoir escrevia sobre sociedade, política e filosofia. Mas é reconhecida até hoje por uma das obras que influenciou o movimento feminista em 1970, O Segundo Sexo, lançado em 1949. O livro faz uma análise histórica da condição da mulher na sociedade. Ele traduzido para mais de 30 idiomas, tamanha a sua importância.
3. Solomon Northup (1808-1863)
Solomon foi um escritor abolicionista dos Estados Unidos, que, apesar de ter nascido livre, acabou sendo sequestrado por mercadores de escravos e foi escravizado por 12 anos. Achou a história familiar? As memórias de Northup deram origem ao livro 12 Anos de Escravidão, que foi levado ao cinema em 2014 e levou o Oscar de Melhor Filme.
4. Harriet Beecher Stowe
Escritora e abolicionista americana, Harriet foi responsável por escrever A Cabana do Pai Tomás. O romance fala sobre o conflito entre os escravos norte-americanos e os proprietários de terra do sul dos Estados Unidos. Sua obra é considerada uma grande contribuição para o movimento abolicionista.
5. Graciliano Ramos (1892-1953)
O seu professor do Ensino Médio poderia ter boas intenções quando te obrigou a ler alguns livros de Graciliano Ramos. Além de ajudar a passar no vestibular, o livro mais famoso de Graciliano Ramos, Vidas Secas, traz uma denuncia social sobre o problema da seca no Nordeste e mostra a desumanização que a opressão no campo provoca.
Foto: Wikimedia Commons