Ao menos cinco pessoas investigadas no caso Marielle Franco foram assassinadas nos últimos anos. As mortes, todas a tiros, são vistas com preocupação pela Polícia Federal e podem atrapalhar na investigação sobre o mandante do crime. A informação é do Metrópoles.
Por Caique Lima, compartilhado de DCM
Na foto: Adriano da Nóbrega, Orelha, Macalé, Todynho e o Senhor das Armas: suspeitos do caso Marielle assassinados. Foto: Reprodução
Um dos suspeitos mortos é o policial militar aposentado Edimilson da Silva Oliveira, o Macalé, que foi executado em plena luz do dia em Bangu, no Rio de Janeiro, em novembro de 2021. Ele á apontado como o responsável por intermediar a relação entre os mandantes do crime e os executores do atentado.
Em relatório da PF, o caso de Macalé é visto como “severo golpe que a intempestividade impôs à persecução penal”.
“Outro aspecto relevante a ser destacado consiste na notória dificuldade imposta pelo extenso lapso temporal entre o crime e a presente apuração. Parte significativa das provas e evidências deixadas por seus autores, seja mandante seja executor, pereceu com o tempo, impondo severa limitação a novas diligências que se mostraram oportunas com o avanço dos trabalhos”, diz trecho do documento.
Saiba quem foram os suspeitos assassinados:
Todynho
Suspeito de ter feito a clonagem do carro usado para executar Marielle, Lucas do Prado Nascimento da Silva, o Todynho, foi assassinado menos de um mês depois da morte da vereadora, em 3 de abril de 2018. Em relatório da Polícia Civil do Rio de Janeiro, ele é apontado como responsável pela “confecção dos documentos falsos” do veículo.
Um parente de Todynho chegou a dizer para a polícia que a sua morte poderia ter relação com a clonagem de carros.
Adriano da Nóbrega
Adriano da Nóbrega, ex-capitão do Bope, chegou a ser ouvido sobre o caso Marielle ainda em 2018, mas morreu em fevereiro de 2020. Ele estava foragido e teria morrido ao reagir a abordagem policial. Segundo a Polícia Civil, o ex-agente não foi executado e houve troca de tiros no episódio.
O criminoso foi apontado como chefe dos pistoleiros do Escritório do Crime e investigadores afirmaram que ele recebeu uma oferta para matar Marielle, mas não não aceitou o “serviço”.
Luiz Orelha
Conhecido como Orelha, Luiz Carlos Felipe Martins era sargento da Polícia Militar do Rio e teria ficado responsável por cuidar dos negócios de Adriano após sua morte. Ele foi assassinado em Realengo, em março de 2021, durante seu horário de folga.
Ele morreu dois dias antes de Operação Gárgula, que o prenderia por suspeita de se desfazer de bens deixados por Adriano.
Macalé
Edimilson era um PM aposentado e já foi apontado pela polícia como miliciano da região de Oswaldo Cruz, no Rio. Ele teria sido responsável por contratar os executores de Marielle e ajudado a organizar diversas etapas do crime.
Ele foi executado a tiros no dia 6 de novembro de 2021 na Avenida Santa Cruz, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Hélio
Conhecido como “Senhor das Armas”, Hélio de Paulo Ferreira era mecânico e foi conhecido por consertar armas e viaturas da polícia em Jacarepaguá, no Rio. Ele foi ouvido no caso Marielle em agosto de 2018 e executado a tiros em fevereiro deste ano no bairro Anil.