6% do Imposto de Renda pode contribuir para iniciativas culturais

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Por Lilian Mendes, compartilhado do site Visite Brasília – 

 Cidadãs e cidadãos podem destinar parte do imposto para financiar projetos culturais de todos os tamanhos

Grupo Choro Livre no palco do Clube do Choro Créditos Renata Samarco 1 6% do Imposto de Renda pode contribuir para iniciativas culturais

Produtores, gestores culturais de Brasília lançam uma plataforma chamada Valeu.art. O lançamento será no dia 4 de maio, às 20h, em um evento virtual- ao vivo – através do canal da gestora da plataforma – Abravídeo. Para ajudar todos a compreender como destinar os Impostos de Renda para os fins culturais. Muitas pessoas não sabem que é possível contribuir com até 6% do valor devido de Imposto de Renda para iniciativas culturais. E mesmo estes desconhecem como fazê-lo.




Para facilitar a utilização deste recurso, a plataforma segura, de navegação intuitiva e com instruções simples, cujo objetivo é mostrar o passo a passo para que pessoas físicas ou jurídicas destinem parte de seu Imposto de Renda.”Estamos dando início a uma transformação no modo de consumir cultura que passa por pertencimento, no qual o respeitável público irá se sentir parte integrante de todo o processo de construção de um evento, programa, produto ou projeto artístico”, apostam os criadores da iniciativa.

O lançamento contará com apresentações gravadas de expoentes da cultura nacional e incentivadores da plataforma como a Banda Olodum, de Salvador, o Quinteto Violado, do Recife, e de Brasília a Orquestra Marafreboi e o Grupo Choro Livre. A cantora e compositora Márcia Tauil, mestre de cerimônia do evento, fará algumas perguntas a Ruy Godinho, um dos idealizadores da plataforma. O bate-papo será intercalado pelas apresentações musicais.

A ideia da plataforma é antiga, surgiu em 2008, e desde então Ruy Godinho e Elizabete Braga, têm se dedicado a pavimentar caminhos sólidos para a concretização deste sonho, que ganhou fôlego com a participação de Jefferson Oliveira. “A Valeu.art ficou adormecida por um longo período, quando precisamos desviar nossa atenção para projetos mais urgentes”, justificam os parceiros.

A quarentena imposta pela pandemia de Covid-19, com o consequente encolhimento das atividades culturais, aliada à inaptidão dos governos federal e distrital em lidar com a crise, deram a eles a certeza de que era a hora de desengavetar o projeto. “Sentimos que este é o momento oportuno e necessário para lançarmos a Valeu.art“, avaliam.

O setor criativo, que corresponde a 2,6% do PIB nacional equivalente a R$ 170 bilhões dados da Firjan, foi o primeiro a parar, com o fechamento de todos os seus espaços de fruição, e será o último a retornar em sua plenitude. O que levou ao desemprego em massa de profissionais, que estimam-se ser em torno de 5 milhões em todo o Brasil entre diretos e indiretos. Só no DF são mais de 40 mil.

Com isso, estimular realizações culturais e criativas é mais que oportunizar a ampliação da consciência física e mental, diminuir os níveis de estresse emocional e facilitar o autoconhecimento e o pensamento crítico resgatando a autoestima, mas também gerar emprego e renda. E a Valeu.art convida a todos a fazê-lo de maneira colaborativa.

E comemoram, “fomos muito bem recebidos pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, o Clube do Choro de Brasília, a Orquestra Marafreboi e por Blocos Afros de Salvador (BA), dentre outras instituições. A importância de começar por estas grandes organizações é a de “sensibilizarmos um número expressivo de pessoas, que poderão ‘patrocinar’ ações e programas culturais em benefício comum”, comentam.

Das empresas produtoras culturais, uma que é referência nacional e que as conversas estão bastante adiantadas – o Clube do Choro e a adjacente Escola de Choro Raphael Rabello, para o qual “já estamos estudando meios de viabilizar a captação de recursos para a realização de projetos tanto do Clube quanto da Escola”, revelam.

Iniciativas culturais de todo formato, escopo e tamanho são bem-vindas na Valeu.art, a única ressalva é que estejam inscritas na Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo. No entanto, as que ainda não estiverem, seus idealizadores podem recorrer à consultoria da Valeu.art para fazê-la.

O diferencial da proposta da Valeu.art em relação às plataformas de financiamento colaborativo, ou crowdfunding, “é que a gente vai dar suporte para criação e execução de campanhas de comunicação para envolver e motivar as pessoas a colaborarem, além, é claro, da contribuição partir do imposto devido ao ‘leão’”, explica Ruy, que detalha “contribuintes podem fazer doações durante o ano inteiro e estas – ao serem declaradas no IR – garantem a restituição.

O que a Valeu.art propõe é inédito em Brasília, mas encontra similares em outras regiões do país e nos EUA, onde a participação da população gera recursos superiores aos aportados pelo Estado. E os gestores da plataforma já fazem planos para se espraiar pelo Brasil, “o que podemos adiantar é que estamos conversando com muita gente de Salvador, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, que estão abraçando nossa proposta”, revelam. Quanto ao foco, que hoje está no fazer cultural, há planos de envolver projetos nos campos do esporte e meio ambiente.

Valeu.art é gerida pela Abravideo, ONG produtora multimídia com 30 anos de atuação no mercado nacional, concebida por Ruy Godinho e presidida por Elizabete Braga. Conta ainda com Jefferson Oliveira, responsável financeiro e articulador, Bruno Soares e Vitor Soares na tarefa de desenvolvimento da plataforma e uma consultoria especial em LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

Os canais de comunicação da Valeu.Art na internet:

– Site – valeu.art/

– Instagram – www.instagram.com/valeu.art/

– Facebook – www.facebook.com/valeu.art

Fonte: Território Comunicação

Foto: Renata Samarco

Data: 27/04/2021

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