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Edital do Lab vai dar prioridade a propostas com foco no Brasil
Empreendedores de finanças climáticas de todo o mundo podem se inscrever na competição anual do Global Innovation Lab for Climate Finance (o Lab). O Lab está procurando ideias de soluções financeiras inovadoras que possam atrair investimentos em mercados emergentes para enfrentar os desafios climáticos e gerar oportunidades para uma recuperação econômica pós-covid e verde. O prazo de inscrição é 22 de dezembro de 2020, às 22h (no horário de Brasília), e a nova turma será anunciada em fevereiro de 2021.
“Buscamos propostas de veículos financeiros que estejam alinhados com financiar ou investir em projetos, tecnologias e ações que venham ao encontro às metas nacionais dentro do Acordo de Paris, com as Contribuições Nacionalmente Determinadas do Brasil e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. E claro, que proporcionem oportunidades de uma retomada econômica verde e sustentável,” disse Tatiana Alves, que lidera o programa do Lab no país.
O Brasil é uma das regiões prioritárias do edital deste ano, que também privilegia propostas dos 16 países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral e com foco em acesso à energia sustentável, cidades sustentáveis e sistemas sustentáveis de produção de alimentos. Outras ideias de adaptação e mitigação de outros setores e com alvo em países em desenvolvimento também são elegíveis.
As propostas são selecionadas com base em quatro critérios: capacidade de ação, inovação, potencial catalisador e sustentabilidade financeira. Essas ideias recebem mais de sete meses consultoria para desenvolvimento, design e análise de mercado. Além disso, contam com o apoio da rede de líderes de instituições públicas e privadas e também dos especialistas do Climate Policy Initiative.
“A teoria da mudança do Lab gira em torno de três ingredientes principais: a importância da colaboração entre os setores público e privado, a busca por soluções para instrumentos financeiros transformadores aberta a empreendedores de todo o mundo, e uma rede poderosa de financiadores e formuladores de políticas públicas para colocar as ideias solucionadas em prática,” disse Alves.
“Existem várias barreiras que impedem o aumento do investimento ou financiamento de projetos que mitiguem os impactos climáticos ou que fomentem tecnologias e infraestrutura para adaptação climática e crescimento sustentável, como, por exemplo, políticas públicas deficientes, desalinhamento de incentivos nos diversos elos de cadeias de suprimentos e entre tomadores de recursos, falta de conhecimento sobre oportunidades e acesso inadequado ou alto custo de capital. Um fator-chave é a percepção do risco por parte do investidor, e a remuneração associada a esse risco, o que é particularmente importante com relação a novos projetos, abordagens e tecnologias associados a economias emergentes, como o Brasil,” disse Alves.
No dia 19 de novembro, o Lab realizou um webinar em português para explicar o processo de inscrição e seleção de propostas. A sessão apresentou estudos de caso de ciclos anteriores e está disponível aqui.