Por Carlos Eduardo Alves, jornalista, Facebook
Duas preliminares importantes: o gerente do boteco considera Temer um rato indigno até de fuçar na lata de lixo da História. Qualquer jornalista que passou 30 minutos no Congresso sabe, há décadas, que ele encabeça a quadrilha do PMDB.
Segundo, quem acompanha o estabelecimento sabe da intolerância que se aplica aqui contra certa esquerda que vive de teoria da conspiração. É a esquerda burra. Ponto. A prisão do rato hoje é estranha. Por que ocorre só agora quando a Lava Jato leva bordoadas seguidas e o meliante estava dando mole faz tempo?
Por que só agora se prende outro gatuno, Moreira Franco? É coincidência a prisão do sogro de Rodrigo Maia no dia seguinte à traulitada humilhante que Maia deu em Moro?
Tudo que vem de Bretas, o ambicioso juiz do bolsonarismo, exige ser analisado com lupa. O aparato usado para prender Temer é totalmente dispensável. O rato tem endereço conhecido e, ao que se saiba, nunca se recusou a atender alguma convocação da Justiça. Não tem sentido usar fuzil em plena rua movimentada de SP para prender um ancião.
Por fim, uma perguntinha chata: E o Aécio? Vai ficar na manha?
Portanto, Temer deveria estar em cana faz muito tempo, mas o que a conjuntura política sugere é que o evento de hoje serve mais como tentativa de dar vigor popular à Lava Jato no momento em que a operação está acuada.
