E. P. Cavalcante, Capitão de Mar e Guerra, reformado do Corpo de Fuzileiros Navais, ex-preso político, 88 anos
O voto impresso é a chantagem da chantagem! É o refinamento da chantagem.
A política brasileira é feita pela “elite”, ou classe dominante, e afasta o povo da participação da luta.
Mas como toda regra tem exceção, aqui não se foge à regra. Temos cerca de cinco por cento (5%) de políticos honestos e sérios. Gente íntegra que merece o nosso voto. São os autênticos.
Os demais fazem da política a arte de iludir o povo. Prevalecendo a chantagem e a má fé. O eleitorado é vilmente iludido e manipulado.
A extrema direita e o fascismo levaram a chantagem política ao paroxismo, aos umbrais da loucura. É o ódio e o fanatismo substituindo o ruim pelo péssimo!
O eleitor não escolhe em quem votar. Os candidatos são da escolha dos caciques. Os caciques são os donos dos partidos.
Já estão badalando a eleição de 2022. Estão escolhendo quem será candidato. E logo mais estarão selando os compromissos.
O medo do povo é a característica número um da classe dominante brasileira. “Façamos a revolução antes que o povo a faça!” Frase repetida desde D. João VI até Antônio Carlos de Andrada*, candidato a Presidente da República em 1930. É o timbre, a marca registrada da classe senhorial do país (Antônio Carlos Ribeiro de Andrada era Presidente de Minas Gerais. Até 1930 os governantes dos estados tinham o título de Presidente).
A mentalidade desta “elite” é a mesma dos senhores de escravos. Teme a rebeldia da senzala, teme a violência dos escravos.
Salvam-se os nossos artistas, intelectuais, médicos e engenheiros. Foram os nossos engenheiros e técnicos que criaram a urna eletrônica e por ela chegamos ao voto secreto. O voto só pode ser secreto quando somente o eleitor sabe em quem votou e como votou.
O voto impresso é a chantagem das chantagens!
Quem pede o voto impresso age por ignorância, burrice ou de má fé!
Só interessa ao governo da fakenews, do negacionismo. Que diz que a terra é plana e que quem toma vacina vira jacaré.
E. P. Cavalcante. Ilha de Paquetá, 17 de julho de 2021.
Imagem da postagem: charge de Laerte