Redação – Chove torrencialmente especialistas que matraqueiam sobre o que o governo Lula e Dilma deixaram de fazer, garoa um número menor de pessoas que discorrem sobre o que foi feito de positivo nos 13 anos e há uma estiagem quase que total sobre o que deveremos fazer com o golpe no nosso colo. É a turma que dirige de olho só no retrovisor.
Se empregássemos nosso precioso tempo planejando o que fazer e fazendo, talvez os golpistas estivessem sentindo algum bafo no cangote. No entanto, como apontar o que não foi feito virou esporte nacional, principalmente da esquerda, o golpe deita e rola.
Sabemos de cor e salteado o que não fizemos e não adianta vir com a historinha de que só Lula e Dilma não fizeram. Nós não fizemos.
E não estamos falando só de nó, militantes, mas também de dirigentes políticos e sindicais que muito dirigiram, mas pouco politizaram, pouco ou nada foram para as ruas durante só 13 anos.
Mas é difícil um debate, uma palestra ou até um bate-papo de botequim, no ônibus ou metrô e até mesmo no elevador que não surge: “ah, mas se tivessem feito isso”, “mas se tivessem tomado tal providência não estaríamos nessa situação”.
Certo, temos que ter consciência sobre o passado, mas se ficarmos só nisso, só de olho no retrovisor, o futuro será cada vez pior.
É como aquele time de futebol que perde roubado e fica na ladainha de que se o dirigente tivesse pulso na CBF, se o jogador tal não provocasse tanto o juiz ladrão, se o técnico tivesse mexido na equipe, talvez o resultado fosse favorável. Acostuma-se com o famoso “se” e não reage. Não vai pra cima. E, todos sabemos, que “se” não ganha jogo.
Com o advento das tais redes sociais, então, nos masturbamos nas teclinhas, nos satisfazemos criticando Lula e Dilma e vamos dormir com a consciência tranquila. Só que não.
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