Fernando Molica pelo Facebook –
É comum, em casos de mortes de policiais, que setores da sociedade responsabilizem defensores de direitos humanos. No caso do Rio, eles deveriam também responsabilizar políticos que se recusam a discutir qualquer possibilidade de descriminalização de drogas, que sequer admitem ouvir experiências como as de Portugal, Uruguai e de estados norte-americanos, que em nome de suposta proteção da família, não se importam com mortes absurdas em famílias alheias. Até porque as vítimas da guerra às drogas – policiais ou civis – não costumam ser de famílias de políticos.
Esses políticos deveriam ser obrigados a visitar famílias de policiais mortos, poderiam tentar explicar aos parentes das vítimas que aqueles homens e mulheres deram suas vidas para tentar impedir que pessoas adultas, que podem beber livremente, usassem maconha ou cocaína – uma batalha que já começa perdida, que não deu bons resultados em qualquer lugar do mundo. Uma guerra que devasta recursos da segurança pública e que tem como produto apenas o aumento absurdo no número de mortos.