A direita radical colonizada

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Por E.P. Cavalcante – 

A crise perversa e estúpida que está destruindo o Brasil em nome de uma falsa moralização não esconde as suas origens: é o fascismo puro e simples. Teve começo, mas parece não ter fim, está arrebentando o país como um tsunami infernal.

Alegando combater a corrupção e erros do passado, a ultra direita, o fascismo, chegou ao poder e decretou uma guerra sem quartel a um comunismo inexistente. Dividiu o país entre a direita, os puros, os bons, e a esquerda comunista, os maus.




Para chegarem ao poder usaram a escada da chantagem e da vilania.

Todos os truques baixos das fakes news, mentiras, calúnias e difamações torpes foram empregados. A atuação de milícias constituídas por criminosos notórios aliciaram as populações desinformadas da periferia.

Que a direita não tem escrúpulos! Já é sabido!

Vivemos horas gravíssimas! A extrema direita e os seus generais exigem o   fechamento total. Ameaçando claramente o fechamento dos poderes legislativo e judiciário. E os presidentes desses   poderes, com cara de paisagem, estão esperando acontecer.

A anunciada   marcha de Bolsonaro no dia 15 próximo   não nega ser a imitação tosca da marcha   dos camisas pretas de Mussolini sobre Roma, em outubro de 1922.

Assistimos paralisados o drama de uma direita fascista avançando e uma esquerda paralisada ou preocupada com a campanha eleitoral.

A demonização da esquerda foi a primeira parte deste processo fascista perverso que estamos sofrendo.

E O QUE É, E COMO ATUAM A DIREITA E A ESQUERDA?

Há cento e vinte anos, fins do século XIX, os pais escolhiam os maridos com quem as filhas teriam de se casar. Há cento e cinquenta anos, vender uma pessoa negra, no Brasil, era uma prática normal. Pois vivíamos em pleno regime escravista. Há sessenta anos, mulher não podia entrar como funcionária no Banco do Brasil. Há quarenta anos, mulheres não entravam nas forças armadas ou policiais. Há trinta anos, mulher não jogava futebol.

Isto era a expressão do atraso. O que a direita aspira resgatar, ou implantar de volta, no Brasil dos nossos dias.

Mas nada disto a direita vê. Ela é cega para o processo histórico e social.

Resumindo: ela, direita, tem uma longa história de lutas em defesa do atraso, da escravidão, da injustiça e da repressão.   Ser de direita é andar pra trás. A caverna é o lugar ideal para a direita e de onde ela nunca deveria ter saído!

Mussolini, um dos cardeais do fascismo, aspirava voltar ao Império romano, à Antiguidade. Adolf Hitler queria voltar ao antigo Império alemão, o Reich de mil anos, dos seus sonhos megalômanos.

A direita brasileira, o fascismo requentado de Bolsonaro, não pode esquecer os seus famosos avoengos: Adolfo Hitler e Benito Mussolini, para não perderem o fio da meada.

A esquerda sempre apontou para o futuro, para o progresso, para o amanhã. Para   o rompimento com o atraso.

Foi durante a Revolução francesa de 1789 que se criou o conceito de direita e esquerda. Aquela revolução marcou a sociedade em todo o mundo. É o exemplo do rompimento com o atraso, com o antigo regime.

Portanto, é no rompimento com o passado, com o atraso, que estão os fundamentos da esquerda.

Todas as conquistas sociais são frutos das lutas da esquerda, direta ou indiretamente. São vitórias parciais, porém vitórias. Pois a luta por um mundo melhor, por uma sociedade mais humana e igualitária, é permanente.

As conquistas dos trabalhadores, como a jornada de 8h, repouso remunerado, férias, licença para mulheres no período pós parto e todas as outras conquistas são frutos das lutas da esquerda, repetindo.

Os gays eram perseguidos e demonizados na sociedade hipócrita do passado. Hoje homem pode se casar com homem e mulheres com mulheres. Qualquer forma de amor vale a pena! Disse o poeta.

Hoje, se um coronel gay se apaixonar por um capitão eles poderão se amar, se casar e o general comandante não poderá impedi-los.

Em resumo, mundo muda, apesar dos coronéis e generais de direita!

E nós, os heterossexuais, de esquerda ou democratas aceitamos isto como normal. É o progresso social.

E isto é obra da esquerda? Perguntarão. Sim! Isto diz respeito aos direitos humanos e sociais!

O que move o fascismo, a direita radical, é o fanatismo que tem raízes no ódio cego.

O móvel da esquerda é a paixão que tem raízes no amor. Amor ao progresso, amor à justiça, à busca da igualdade econômica e social. Pois é este o caminho da felicidade dos seres humanos.

Lutamos e lutaremos contra o fascismo com muita paixão! Em busca de um futuro mais humano e de uma sociedade mais justa e igualitária! Defenderemos a nossa independência e soberania.

E por que este comunismo tão condenado, demonizado pela extrema direita fascista? Comunismo que nunca existiu no Brasil?

Porque se faz necessário manter, a todo custo, o Brasil preso ao sistema colonial do Império ianque.

É isto que faz o atual “presidente” ou governador da colônia Brazil com “Z” ir a Washington a capital metropolitana, como um vil lacaio, beijar os pés do Trump.

Os militares são a menina dos olhos do Império colonial ianque.

Fomos colônia de Portugal até 1822, daí passamos a colônia do Império britânico. E depois da Segunda Guerra Mundial caímos na órbita do Império ianque.

A “independência” de 1822, o Grito do Ipiranga, foi uma farsa montada pelos diplomatas de Sua Majestade imperial britânica em conluio com os portugueses. Uma história complicada! A tragédia brasileira é a colonização continuada.

E para mantê-la inventaram um comunismo inexistente, para manter uma colonização perversa existente e atuante.

Não é difícil, nem impossível, se manter uma grande comunidade, milhões de pessoas, alienadas, iludidas.

O antissemitismo, o preconceito de raça, fez com que milhões de alemães odiassem   os judeus.

Com a ascensão do nazismo ressuscitaram o velho libelo de sangue, então acusavam os judeus de sequestrarem crianças para matá-las e beber o sangue. E havia uma   grande parte de população alemã que acreditava nesta mentira louca, não só os nazistas.

No Brasil de hoje, são dezenas de coronéis e generais do Exército brasileiro que acreditam na mentira, na fake news, de um tal comunismo que nunca existiu no Brasil, para nos manter colonizados.

E não se pode esquecer que a direita brasileira é a única no mundo que é antinacional. É fiel servidora e submissa à metrópole ianque.

E isto fica claro. Se somos colônia ianque, devemos defender os interesses da metrópole Washington. Assim pensa e assim age a classe dominante colonizada.

Mas o povo brasileiro um dia despertará, com toda certeza! E conquistaremos a independência e soberania!

Será o nosso amanhã! E por mais denso e escuro que seja o nevoeiro, o sol nascerá amanhã!

  1. P. CAVALCANTE — Ilha de Paquetá, março de 2020.

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