Por Carlos Eduardo Alves, jornalista, Bem Blogado
É certo que o combate ao governo Lula não terá trégua, principalmente pela questão econômica. Os mamadores de isenções e privilégios tributários jamais se calarão enquanto não conseguirem o fim da valorização do salário mínimo, a desvinculação dos benefícios previdenciários e, sonho supremo, diminuição de verbas para Saúde e Educação.
Nunca foi fácil, para os trabalhadores e explorados, a luta por uma vida digna. No mundo todo e o Brasil obviamente não é exceção. Mas especialmente na quadra atual de nosso País a realidade choca. Vivemos um cenário de números acima do razoável na Economia e mesmo assim as aves de rapina não deixam em paz quem tenta avanços para a maioria.
No mundo assolado por conflitos bélicos e ameaças de todo tipo, o governo Luiz Inácio Lula da Silva ostenta alguns resultados notáveis, que impactam sobre a vida dos cidadãos. O PIB sempre “surpreende” para melhor os analistas que apostam no desastre, o desemprego é o menor em vários anos, as “médias históricas” de segmentos constantemente são batidas e mesmo assim os vampiros insistem na cantilena do “queremos sangue”.
A elite econômica predadora de sempre chega ao extremo de criticar o quase pleno emprego. “Cuidado, tanta gente trabalhando pode gerar inflação”, bradam com a cara de pau de sempre. “O importante é o equilíbrio fiscal, não o emprego” é coisa que se ouve ou lê todo dia na mídia hegemônica, em verdadeiro mantra de jornalistas amestrados ou economistas comprometidos com o sistema financeiro.
Existem várias tentativas de explicar a desfaçatez desse combate a um governo até agora muito bem-sucedido, principalmente se levando em conta a devastação deixada pelo antecessor genocida, que além de abandonar programas sociais indispensáveis ainda entrou no pantanoso terreno da, aí sim, da irresponsabilidade fiscal durante a última campanha presidencial.
As viúvas do fanfarrão Paulo Guedes são, antes de tudo, higienistas sociais. Talvez uma ponta para entendermos o assoalho que sustenta esse discurso esteja no infelizmente processo de idiotização da sociedade trazido pelo barulho ensurdecedor das redes sociais.
Chegamos ao ponto de incrivelmente constatar que os danos causados pela equivocadamente chamada de imprensa profissional são hoje bem menores do que os gerados por imbecis ou bandidos com milhões de seguidores acríticos em suas redes.
Como explicar, por exemplo, que um cafajeste como esse Pablo Marçal possa se tornar um candidato viável a prefeito de São Paulo, a mais populosa é importante cidade do Brasil? Sim, amigos, como ensinou Ruy Barbosa bem lá atrás, as nulidades triunfam. Se preferirem vislumbre mais recente, temos Nelson Rodrigues, com o seu “os idiotas perderam a modéstia”.
Por muita sorte, o Brasil contou com a liderança popular enraizada de Lula na eleição de 2022. Qualquer outro teria sucumbido ante ao avanço do tsunami da ignorância. E teremos que contar novamente com Lula em 2026. Os idiotas, se é arriscado dizer que chegaram para ficar, estarão com presença forte no debate e embate políticos no futuro próximo. Seja com Bolsonaro e seus filhos infames, com Marçal, Tarcísio, Caiado ou qualquer fascista que surja da lama.
Enquanto não achamos uma maneira de conter o estrago da imbecilização coletiva, temos o dever de tirar a bunda do sofá e dar respaldo ao governo de Lula.