Por Tibungo, compartilhado de Outras Palavras –
O ensino à distância frente às desigualdades brutais do país. A convivência cotidiana com a morte e seus impactos. A tecnologia nesse processo, e como incorporá-la sem ceder à mercantilização. Professores apontam caminhos
André Luis Ramalho Francisco, Flávia Arruda, Roberto Rafael Dias da Silva e Vivian Reis entrevistados por Gabriela Leite, no Tibungo
Ricardo Vélez, Abraham Weintraub, Carlos Decotelli. Em um ano e seis meses o ministério da Educação do governo Bolsonaro já teve três nomes à sua frente, mas quase nada de política pública real. E se um governo inepto em tempos normais já causa estragos o suficiente, sob uma pandemia ele se torna efetivamente destruidor. Quando falamos de Educação, é o futuro do país e das pessoas que está em jogo.
Escolas públicas e particulares de todo o país fecharam as portas pouco tempo após o início do ano letivo, com a chegada da pandemia. Em muito pouco tempo e na marra, educadores precisaram aprender a dar aulas à distância, com todos os desafios que aparecem com essa mudança. A tecnologia é complexa, a internet muitas vezes falha, o cansaço aumenta. Os estados e as prefeituras muitas vezes não oferecem a estrutura necessária. Como é próprio da desigualdade brasileira, os estudantes estão em situações muito distintas entre si, e em condições muito diferentes de estudo.
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Este episódio de Tibungo dividido em duas partes. Na primeira, André Luis Ramalho Francisco, Flávia Arruda e Vivian Reis, professores da rede pública (municipal, estadual e federal), relatam suas experiências e visões.
Na segunda parte, entrevistamos Roberto Rafael Dias da Silva, autor que escreve sobre educação em Outras Palavras. Leia, abaixo, o texto a que ele se refere no episódio:
Educação pós-capitalista: a ética do fazer modesto
Apostemos em uma “pedagogia lenta, serena e sustentável”, inspirada na convivência, na abertura para o mundo e na experiência com o ambiente. A inovação educativa do século XXI não precisa seguir a compulsão modernizadora