A Folha que diz ser o que não é

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A má notícia veio de uma denúncia, 

Sempre uma mulher corajosa,




que não foge ao dever moral, ético, social, profissional.

Por Adriana do Mamaral, compartilhado de seu Blog

Na quinta-feira (4/7/2024), foi desvelada uma nova arbitrariedade do Jornal Folha de S. Paulo, que publica ser includente em títulos e manchetes, mas na prática desvela o que não é…

Durante uma seleção de jornalistas (editoria saúde), o texto proposto beirou ao equívoco, tão absurdo!

Os candidatos à vaga foram desafiados a abordar a questão do PL 1904, aquele do “Criança Não É Mãe”, que levou novamente o povo às ruas.

Prova de caráter?

Nesta etapa do processo seletivo, a questão discursiva, exigia que o candidato se posicionasse a favor do Projeto de Lei:

“Imagine que você seja a favor do PL Antiaborto Por Escrito”, enunciava o teste. 

A Comissão de Mulheres da #Fenaj, entidade que representa os interesses dos jornalistas, divulgou nota condenando a atitude do jornal:

“Afinal, por que o referido jornal quer coletar argumentos a favor do PL do Estupro, ou da Gravidez Infantil, como vem sendo chamado, corretamente, pelos movimentos sociais contrários ao texto?”

As pesquisadoras da Compós -Associação Nacional dos Programas de Pós Graduação-, jornalistas ou não, mas acadêmicas, somaram à posição de repúdio, ampliando o debate.

Por que a representante da mídia hegemônica neoliberal não expandiu a discussão, deixando que os jornalistas defendessem a própria posição? Por que forçar um recorte enviesado?

Como segue a nota de repúdio:

“Em uma sociedade patriarcal e machista, afetada pela desinformação, o jornalismo precisa compreender sua responsabilidade em afetar posicionamentos e vidas. Tratar como “opinião” um tema de saúde pública não contribui pra um debate saudável, pautado no respeito às mulheres e avanço dos direitos.

Eu vou além:

trata-se de assédio moral com requintes de misoginia.

Imaginem um trabalhador, buscando uma oportunidade de emprego ou a realização de um sonho profissional, se deparando com uma “prova” dessas?

Eu, sem dúvida nenhuma, teria repetido à exaustão:

#NãoaoPL1904.

A Folha, é importante frisar, virou plataforma de vendas e instituição financeira.

Leia a íntegra da Nota de Repúdio da Fenaj em:

NR Fenaj     

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