Por Carlos Eduardo Alves, jornalista, no Facebook –
O gerente do boteco tem o hábito de não pitacar sobre assuntos que não domina. Não tem inveja de gente que opina sobre tudo, com todas as certezas permitidas pela ignorância. Tá cheio de “çábio” assim em rede social e no Jornalismo. Dito isso, não tem embasamento técnico para analisar a questão do juiz de garantias. Isso é coisa para juristas como o decano Dr. Merval Pereira e” jenios” de certa esquerda jornalística. Mas tem uma coisa que não precisa de muita leitura para analisar: é inaceitável que no combate à ideia seja argumentado que falta recurso financeiro ao Judiciário. É mentira, é mais uma desonestidade entre as tantas que a casta togada vomita sobre o país indefeso.
Antes de falar de $, é preciso acabar com o festival interminável de imoralidades com o dinheiro público promovidas pelos meritíssimos. Não se fala aqui nem dos dois anos em que o inacreditável ministro Fux sentou em cima da possibilidade de acabar com o indecente auxílio-moradia, sangrando o erário em fortuna.
Que tal, agora, proibir que a população pague centenas de viagens inúteis ao Exterior de ministros de tribunais superiores, desembargadores e juízes para participação em “eventos” que, sabemos, são apenas turismo de luxo patrocinado, ao fim e ao cabo, por pobres?
Que tal acabar com o absurdo de duas férias por ano para o Judiciário enquanto o trabalhador comum, depois que a CLT foi jogada ao lixo, perdeu até descanso semanal remunerado?
Não seria bom proibir que o cofre público pague participação em seminários e congressos que, não por acaso, ocorrem em cidades turísticas sempre em finais de semana?
Que tal impedir licenças intermináveis para cursos no exterior que muitas vezes nem são concluídos? E não seria uma boa iniciativa, antes de alegar penúria, que em tribunais estaduais alguns recebam, de uma vez, tacadas como salários de 400, 500 mil reais?
Portanto, associações de togados caras de pau, não falem em moralidade antes de uma conferida no rabo sujo.