Por Barbara Gancia, via Neide Law, Facebook –
“Que tal usarmos o momento pra limpar a graxa e a gordura da prática política do país em vez de agir como mariquinhas ofendidas?”
“Vamos colocar a hipocrisia de lado mais uma vez e falar umas verdades que todo mundo e mais alguém conhecem há décadas?
É sabido que às vésperas da eleição presidencial de 2014, Aécio Neves saiu na porrada e rolou no chão com sua mulher na frente de todos os convidados de uma festa da revista “Vogue”, no Rio de Janeiro.
O caso foi abafado pra não prejudicar a gloriosa caminhada do neto do homem rumo ao palácio do Planalto.
As travessuras de Aécio são bem conhecidas até do público leigo.
Se ele cheira cocaína ou não é problema dele e, eventualmente, da polícia e de seus médicos.
Não tenho xongas a ver com isso e não julgo moralmente o que ninguém faz na vida particular, posto que não atrapalhe com seu uso recreacional ou não de drogas o serviço público que a pessoa se propôs a prestar.
Conheço uma pá de jornalista, banqueiro, empresário e industrial que cheira pó e nem por isso deixa de ir trabalhar no dia seguinte.
Aécio foi também flagrado numa blitz da Lei Seca no Rio. E tem mais um monte de histórias de boemia e farra conhecidas -especialmente pelo contingente de jornalistas que cobrem política em Brasília.
Por esse motivo, soa estranho que meus colegas sejam agora colhidos por espanto, indignação e outras manifestações pequeno-burguesas diante do estilo jagunço de se expressar verificado nas conversas entre Aécio e aqueles a quem ele pede dinheiro para livrá-lo da prisão.
Que tal usarmos o momento pra limpar a graxa e a gordura da prática política do país em vez de agir como mariquinhas ofendidas?
Os atos e práticas que estamos conhecendo por meio das delações nos conferem o direito de mudar o tom e a forma de tratar toda essa cambada que sempre foi “acima de qualquer suspeita”.
Agora é a hora de começar a revelar publicamente todas as histórias de capangas, mafiosos, truqueiros, jogadores, bandidos e assassinos da política nacional que, todos nós que povoamos as Redações mais importantes sabemos, mas que nunca publicamos por falta de prova material inquestionável e por medo de ir parar atrás das grades ou ser demitido.
A hora da verdade é agora.”