Por Antonio Ducarmo Santos. Um Paraíba iletrado. Defensor intransigente do Estado Democrático de direito – 

“No Brasil todos são iguais perante a lei. Mas tem uns que são mais iguais do que os outros “. A frase do genial Millôr Fernandes nunca foi tão atual.

PGR arquiva delação premiada do doleiro Dario Nasser sobre propina paga ao procurador Januário Paludo, da lava jato de Curitiba.

O motivo? Falta de provas!

O doleiro relata em sua delação pagamentos destinados ao procurador como uma taxa de proteção mensal. Ele relata ter destinado 50 mil dólares por mês, entre 2005 e 2013, ao procurador, para que fosse protegido pelo Ministério Público Federal do Paraná. O procurador nega as acusações e disse que não há nenhuma prova.

O doleiro tem prova? Não sei.
Mas desde quando a lava jato de Curitiba precisou de provas nas delações pra investigar alguém?
Quantas pessoas tiveram prisão preventiva decretada unicamente com base na palavra dos delatores?
Não estou dizendo que o Procurador é culpado. Mas estou dizendo que deve sim ser ininvestigado. Que deve sim ter seus sigilos telefônico ,bancário e fiscal, quebrados.

O doleiro também acusou os donos da Globo. A reação? Não tem provas!

Quantas reportagens a imprensa fez, o grupo Globo incluído, sobre delações premiadas com base unicamente nas palavras dos delatores absolutamente sem nenhuma prova?

São esses os mais “iguais” que os outros?

E eu tive que ouvir de gente que anda com os dois pés no chão, e as duas mãos também, que nós do Partido dos Trabalhadores , por defender Lula, Dirceu, Genoíno, temos bandidos de estimação.

Não, cara pálidas! Não temos bandidos de estimação. Defendemos o Estado Democrático de direito. Inclusive pra esses meganhas hipócritas da justiça e da imprensa.

Eu fico ê com a pureza da resposta das crianças, com a indignação poética de Tobias Barreto de Menezes:: “Eu bem quisera procurar a justiça, mas não sei onde a justiça mora. Até porque não fica bem um velho de barbas brancas como eu, bater de dia em casa de prostituta”.

E fico com a sabedoria de minha iletrada avó: “Meu fio, pimenta nos óio dos ôto é refresco “!

Aracaju, Se, 27 de Agosto de 2020.