A literatura de João Guimarães Rosa e o cinema

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 Compartilhado da Revista Prosa Verso e Arte

João Guimarães Rosa era um admirador do cinema, o que se nota em seus comentários verbais, registrados, por exemplo, por seus amigos cineastas, como Glauber Rocha, para quem afirmou que muito apreciava os filmes de Akira Kurosawa e a quem também confidência “Se tivesse a idade dos rapazes do cinema novo creio que não escreveria mais: faria cinema”. Essa frase dita por qualquer ser humano, portador ou não do dom da escrita, brasileiro ou estrangeiro, revela o quanto o cinema pode ser sedutor. Revela o quanto o cinema, e o poder da imagem que carrega, é uma tentação diabólica até para o maior de nossos feiticeiros imbuído do poder da palavra.




“O grande sertão de Guimarães Rosa é feito de campos gerais entrecortados por inúmeras veredas, sejam elas geográficas ou existenciais. Ali, não só a natureza pode ser seca ou úmida, como a vida pode tomar diversos rumos, inclusive o da salvação ou o da perdição.”

Guimarães Rosa no Cinema

Bem-vindo ao Cinema “Sertão rosiano e suas veredas” – Filmes, documentários, especiais e minisséries a partir de João Guimarães Rosa (em alguns você encontrará um link que te remeterá ao filme completo online, especialmente de curtas). Ótima travessia!

*Esquecemos algum? se sim, deixe nos comentários que incluiremos.

ADAPTAÇÕES DA OBRA DE GUIMARÃES ROSA PARA O CINEMA E A TELEVISÃO

Cinema: longa-metragens

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Grande Sertão. Geraldo Santos Pereira e Renato Santos Pereira

Filme: Grande Sertão
Sinopse: Após escrever com alta intensidade criativa durante dois anos, Guimarães Rosa chega ao terceiro livro em 1956. ”Grande Sertão: Veredas” traz uma narrativa épica que se desenrola por 600 páginas e mostra de maneira inovadora para sua época, e com uma impressionante técnica literária, o jeito rude do homem do sertão mineiro. Guimarães nos brinda com a história de um ”amor proibido” e imensa profundidade psicológica entre seus dois personagens principais: Riobaldo sente-se atraído pelo companheiro Diadorim, sem saber que este é na verdade uma garota vestida de homem. Ela fez isso para poder se vingar daqueles que mataram seu pai. “Filmagem não muito bem-sucedida de Grande Sertão: Veredas. Dadas as dificuldades colocadas por matéria estranha, linguagem inventiva e excesso de páginas, exigiu tamanha simplificação que acabou se assemelhando a um filme de caubói. Tem a honra de ser o primeiro filme de ficção baseado neste autor”. 
Ano: 1965, Brasil.
Duração: 92 min.
Gênero: Documentário
Tipo: Longa-metragem / P&B
Produtora: Companhia Cinematográfica Vera Cruz, Vila Rica Produções Cinematográficas
Distribuidora: Fantasy Music
Direção e roteiro: Geraldo Santos Pereira e Renato Santos Pereira
Música: Radamés Gnattali
Elenco: João Barros, Zózimo Bulbul, Sônia Clara, Paulo Copacabana, Ivan De Souza, Maurício do Valle, Milton Gonçalves, Glória Goulart, David José, Generino Luiz, Nilda Maria, Gilberto Marques, Graça Mello, Olegário Mundin, Luigi Picchi
*Veja imagens, fotos e outras informações AQUI!

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A Hora e a Vez de Augusto Matraga. Roberto Santos

Filme: A Hora e a Vez de Augusto Matraga
Sinopse: Matraga, homem poderoso de um vilarejo do sertão mineiro, perde mulher, filha e propriedades. Massacrado por um coronel, mortifica-se em nome de uma conversão religiosa para o Bem, domando o mundo sem impulsos de vingança. Mas o reencontro com um bando de jagunços retoma os impulsos violentos e propõe a remição definitiva. “Augusto Matraga é um fazendeiro violento, que depois de traído pela mulher, é emboscado por inimigos e dado como morto. Salvo, entretanto, por um casal de negros humildes, enfrenta um longo período de total incapacidade física. Por influência do casal, volta-se para a religiosidade, convencendo-se de que está pagando pelos erros cometidos. Começa assim uma longa penitência à espera da hora e vez. Com o tempo, recupera suas forças e conhece Joãozinho Bem-Bem, famoso chefe de jagunços que vislumbram nele o homem violento do passado. Matraga começa então a oscilar entre seu temperamento agressivo e o misticismo que não consegue mais abandonar. Vive nesse conflito até o instante em que surge o momento de lutar, brigar e expandir sua violência, em nome de sua fé”. “O melhor filme já extraído da obra de Guimarães Rosa”.
Ano: 1965
Gênero: Ficção/ longa metragem
Tipo: Drama/ literatura
Produtora: Luis Carlos Barreto Produções Cinematográficas; Difilm
Direção e roteirista: Roberto Santos
Trilha musical: Geraldo Vandré
Prêmios:
– Melhor filme; de Melhor diretor; de Melhor argumento; de Melhor diálogo para Gianfrancesco Guarnieri; de Melhor ator para Leonardo Villar, na Semana do Cinema Brasileiro, 1, 1965, Brasília – DF.
– Prêmio Governador do Estado, 1966, Rio de Janeiro – GB, de Melhor filme.
– Prêmio Saci, 1966, SP, de Melhor roteiro.
– Prêmio Humberto Mauro da Editora Civilização Brasileira, 1967, de Melhor roteiro.
– Prêmio Curumin, 1966, Marília – SP, como Melhor filme do ano.
– Prêmio Governador do Estado, 1967, SP, de Melhor roteiro e Melhor direção.
*Análise: A Hora e a Vez de Augusto Matraga. Disponível AQUI!
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Sagarana, O Duelo. Paulo Thiago

Filme: Sagarana, O Duelo
Sinopse: Turíbio Todo (Joel Barcelos) volta da pescaria sem contra-aviso à sua esposa Mariana (Ítala Nandi) e a flagra namorando um caçador de cangaceiros (Milton Moraes). Turíbio arma-se de uma garrucha para se vingar, prepara tocaia, mas mata o homem errado. Para persegui-lo pelo crime aparece justamente o amante da mulher. Em meio a caçada, os dois homens vão encontrando personagens do sertão mineiro. Todos ficam sabendo da guerra entre aqueles sujeitos e querem saber como vai terminar esse duelo.
Ano: 1973
Gênero: Drama – longa metragem – 35mm/ cor
Tipo: Literatura/ João Guimarães Rosa
Duração: 98’
Produtora: Paulo Thiago Produções Artísticas
Direção: Paulo Thiago
Música: Antônio Carlos Jobim e Dori Caymmi
Elenco: Joel Barcellos, Milton Moraes, Wilson Grey, Ana Maria Magalhães, Zózimo Bulbul, Emmanuel Cavalcanti, José Marinho, Roberto Ferreira, Rodolfo Arena, Sadi Cabral, Antonio Carnera, Átila Iório, Erley José, Luiz Linhares, Ítala Nandi
Prêmios:
– Melhor Fotografia e Melhor Ator Coadjuvante para Wilson Grey com o prêmio Coruja de Ouro.
– Melhor Filme Baseado em Obra Literária da Embrafilme.
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Cabaret Mineiro. Carlos Alberto Prates Correia

Filme: Cabaret Mineiro
Sinopse: Uma viagem de trem pelo interior de Minas Gerais na qual aventureiro encontra novos amores e relembra antigas paixões. Aqui a tríade de personagens sem nome – o “condutor” da narrativa (Nelson Dantas), o “americano” de cabelos descoloridos (Helber Rangel) e o “capiau” – tem a mística de João Guimarães Rosa para lhes dar suporte.
Inspirados no conto “Soroco, sua mãe, sua filha”, de Guimarães Rosa, o argumento e o roteiro de “Cabaret Mineiro” trafegam pela linha de imagens e recortes que revelam os modos, os causos e o lirismo da gente interiorana. Os vagões de trem que cortam a geografia, as prostitutas interditadas e que tentam os homens (vide a personagem de Tamara Taxman), o bordel, a viola, o carteado, o carnaval, o lança-perfume aspirado nos lenços, o fogão a lenha, as fotos velhas de família, as viúvas (Maria Sílvia, em atuação propositadamente clownesca), as cantigas de roda, a lezeira, a curiosidade, o assanhamento dos sentidos.
Ano: 1980
Duração: 75 min.
Gênero: Drama Musical – Ficção
Produtora: Cinematográfica Montesclarense; Corisco Filmes; Embrafilme; e Zoom Cinematográfica
Direção e Roteiro: Carlos Alberto Prates Correia
Produção: Carlos Alberto Prates Correia e Nilson Barbosa
Música Original: Tavinho Moura
Fotografia: Murilo Salles
Edição: Idê Lacreta
Design de Produção: Carlos Wilson
Figurino: Carlos Wilson
Maquiagem: Waldir Monteiro
Efeitos Sonoros: Walter Goulart, Aloísio Viana
Efeitos Visuais: Pedro Louzada
Elenco/ Personagens: Nelson Dantas (Paixão); Tânia Alves (Avana); Tamara Taxman (Salinas); Eliane Narducci (Maruja); Louise Cardoso; Helber Rangel; Zaíra Zambelli; Maria Sílvia; Thelma Reston; Nildo Parente; Tavinho Moura; e Sônia Santos.
Prêmios:
– Festival de Gramado 1981 – Kikito de Ouro de Melhor Filme; Melhor Direção; Melhor Fotografia; Melhor Edição; Melhor Trilha Sonora; Melhor Ator (Nelson Dantas); Melhor Atriz Coadjuvaante (Tânia Alves)
– Festival de Brasília 1980 – Troféu Candango de Melhor Fotografia.
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Noites do Sertão. Alberto Prates Corrêa

Filme: Noites do Sertão
Sinopse: Baseada na novela Buriti de João Guimarães Rosa.
Década de 50. Lalinha, ultimado o desquite, aceita o convite do sogro viúvo para viver na fazenda do Buriti Bom, sertão de Minas. As duas cunhadas lhe oferecem carinho. Glória, a mais nova, se apaixona por um veterinário e Lalinha passa a acompanhar as desditas da família: morte, insônia, paixões caladas, estórias da natureza e do homem, ciúmes, esperanças.
Ano: 1984, Brasil
Gênero: Longa-metragem – Tipo: Drama
Produtora: Grupo Novo de Cinema e TV; Companhia Cinematográfica Monteclarense
Produtora associada: Embrafilme – Empresa Brasileira de Filmes S.A.; Cinefilmes; Sky Light
Direção: Alberto Prates Corrêa
Roteiro: Alberto Prates Corrêa e Idê Lacreta
Trilha musical: Tavinho Moura
Prêmios:
– Festival de Gramado, 12, 1984, RS. Melhor atriz para Débora Bloch; – Melhor atriz coadjuvante para Maria Silvia; – Melhor fotografia para José Tadeu Ribeiro; Melhor trilha sonora para Tavinho Moura; Melhor música original para Tavinho Moura; Melhor montagem para Idê Lacreta e Amaury Alves; Melhor Técnico de som para Romeu Quinto; Melhor figurino; Melhor cenografia para Anísio Medeiros; Prêmio de Qualidade e Prêmio Edgard Brasil de Fotografia.
– Prêmio Air France de Cinema, 1984, RJ.
– Festival de Cartagena, 23, 1984 – CO – Melhor atriz e Melhor fotografia.
– Festival de Brasília, 17, 1984, DF – Melhor fotografia para Ribeiro, José Tadeu; Melhor trilha sonora para Moura, Tavinho; Melhor técnico de som para Quinto Jr., Romeu; Melhor atriz para Bloch, Débora e Melhor ator coadjuvante para Wilson, Carlos.
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A Terceira Margem do Rio. Nelson Pereira dos Santos

Filme: A Terceira Margem do Rio
Sinopse: “Um homem abandona a casa, a mulher, os filhos, os amigos, tudo, para viver isolado numa canoa, no meio de um rio na região central do Brasil. Sem explicar seu gesto, rema sem destino. Jamais volta a pisar em terra firme, nunca mais aparece para ninguém. Seu único contato com as pessoas se faz de modo indireto, através do filho que lhe deixa comida debaixo de uma pedra na beira do rio.”
Ano: 1993, Brasil.
Gênero: Longa metragem – Cor – 35mm
Tipo: Drama/ literatura
Produtora: Regina Filmes Ltda.
Diretor: Nelson Pereira dos Santos
Roteiro: Nelson Pereira dos Santos, baseado nos contos “A terceira margem do rio”, “A menina de lá”, “Os irmãos Dagoberto”, “Fatalidade e seqüência” do livro Primeiras estórias, de João Guimarães Rosa.
Trilha Musical: Milton Nascimento
Elenco: Lavoiser Albernaz, Denise Alvarez, Barbara Brandt, Affonso Brazza, Chico Diaz, Zé do Badau, Efigênia do Carmo, Andrade Júnior, Néio Lúcio, Laura Lustosa.
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Outras estórias. Pedro Bial

Filme: Outras estórias
Sinopse: Reunião de cinco contos de Guimarães Rosa, todos passados em uma pequena vila no sertão de Minas. Onde ocorrem histórias de amor, entre um fazendeiro e a mais humilde de suas trabalhadoras; de morte, onde um rapaz de boa índole comete o desatino de matar o chefe de um grupo de bandidos perigosos; de desconfiança e ódio, quando empregados de um grande proprietário de terras decide fazer uma reforma agrária em seus domínios; além de histórias de coragem, medo e até de maldição.
Soroco, o mais antigo matador de bois da região, vive agora de perseguir duas mulheres loucas, sua mãe, sua filha …

Enquanto isso, o lugarejo é invadido por bandidos perigosos – os irmãos Dagobé. Premido pelas circunstâncias, um bom moço comete o desatino de matar o chefe do bando, o famigerado Dagobé. Apreensivos, os moradores aguardam a vingança anunciada dos irmãos e relembram num episódio marcante da vida de Damastor: O dia em que ele foi procurar um sábio doutor para descobrir o significado da palavra “famigerado”. No velório, o rapaz jurado de morte aparece para ajudar a carregar o caixão …

Um proprietário de terras perde a mulher e resolve fazer uma reforma agrária em seus domínios. Os empregados reagem com desconfiança e ódio …
Um jovem fazendeiro se apaixona pela mais humilde de suas trabalhadoras. Mas ela guarda, escondidos, segredos e ameaças terríveis…
Ano: 1999
Formato: 35mm
Duração: 114 minutos
Gênero: Drama
Tipo: Drama rural
Direção: Pedro Bial
Roteiro: Pedro Bial e Alcione Araújo
Produtora: RCS Produções Artísticas e Culturais Ltda.
Produção: Pedro Bial e Vania Catani
Produção executiva: Tereza Gonzalez
Direção de produção: Fernando Zagallo
Fotografia: José Guerra
Direção de arte: Toni Vanzolini
Figurino: Kika Lopes
Som direto: Jorge Saldanha
Montagem: Tuco
Direção musical: Marco Antônio Guimarães e Grupo UaktiI
Música: Heitor Villa-Lobos
Direção de atores: Cacá Carvalho e Giulia Gam
Apoio: Telemig, Sesiminas, Fiemg, Telebrás, Financeira Bemge e Ministério da Cultura
Distribuição: Rio Filme
Elenco: Anna Cotrim; Antônio Calloni; Cacá Carvalho; Chico Neto; Cláudia Lima; Giulia Gam; Guido Correa; Jonas Torres Juca de Oliveira; Enrique Diaz; Marcelo Escorel; Márcia Bechara; Marieta Severo; Nilza Maria; Paulo José; Rodolfo Vaz; Sílvia Buarque; Sivaldo dos Santos; Walderez de Barros
Prêmios: […]
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Mutum. Sandra Kogut

Filme: Mutum
Sinopse: Baseado no livro “Campo Geral” de João Guimarães Rosa – Mutum quer dizer mudo. Mutum é uma ave negra que só canta à noite. E Mutum é também o nome de um lugar isolado no sertão de Minas Gerais, onde vivem Thiago e sua família. Thiago tem dez anos e é um menino diferente dos outros. É através do seu olhar que enxergamos o mundo nebuloso dos adultos, com suas traições, violências e silêncios. Ao lado de Felipe, seu irmão e único amigo, Thiago será confrontado com este mundo, descobrindo-o ao mesmo tempo em que terá de aprender a deixá-lo.
Ano: 2007
Gênero: Drama
Tipo: ficção
Duração: 95’
Produtora: Ravina Filmes e Gloria Films
Direção: Sandra Kogut
Roteirista: Ana Luiza Martins Costa e Sandra Kogut
Prêmio:Prêmio de Melhor Filme do FestRio 2007
Site do filme: Mutum o Filme

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A Hora e a Vez de Augusto Matraga. Vinicius Coimbra

Filme: Hora e a vez de Augusto Matraga
Sinopse: O filme conta a história de Augusto Matraga, fazendeiro falido e violento que vive acima da lei no sertão de Minas Gerais. Em dificuldades, ele cai numa emboscada que quase o leva à morte. Renascido, Matraga volta-se para a fé e o trabalho árduo em busca de redenção. Anos depois, chega na vila o rei do sertão, Joãozinho Bem-Bem, e seu bando de jagunços. Esta nova amizade atravessará seu destino. Dentro de Matraga, o santo e o guerreiro vão duelar até que chegue sua hora e sua vez.
Direção: Vinícius Coimbra
Elenco: João Miguel, Vanessa Gerbelli, José Wilker, Chico Anysio, Antonio Petrin, Zé Dumont, Teca Pereira, Ivan de Almeida, Irandhir Santos, Gorete Milagres, Werner Schunemann
Produção: Adriano Civita, Beto Gauss e Vinícius Coimbra
Roteiro: Vinicius Coimbra e Manuela Dias
Fotografia: Lula Carvalho
Trilha sonora: Sacha Amback
Duração: 106 min.
Ano: 2011
País: Brasil
Gênero: Ficção
Cor: Colorido
Estúdio: Prodigo Films
Prêmios: Festival do Rio 2011 – Melhor Longa-Metragem de Ficção; – Melhor Ator João Miguel; – Melhor Ator Coadjuvante – José Wilker; Prêmio Especial de Júri para Chico Anísio, e Voto Popular (escolha do público) – Melhor longa de ficção “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, de Vinícius Coimbra.

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Meus dois amores. Luiz Henrique Rios

Filme: Meus dois amores
Sinopse: Manuel é um vaqueiro esperto e fanfarrão, que vive em função de seus dois amores – a noiva, Das Dô, e a mula, Beija-fulô – e da venda de cavalos bichados a trouxas. Chega ao vilarejo o matador Targino, à procura de um cavalo. Metido a esperto, Manuel vende um cavalo bichado ao matador. Manuel é jurado de morte, Targino anuncia que também vai desonrar a reputação de Das Dô depois do embate. Pressionado, Manuel resolve apelar para os feitiços de Toniquinho das Pedras, pedindo que ele feche seu corpo. No entanto, o feiticeiro exige a mula Beija-fulô como forma de pagamento. Manuel, então, se verá diante do maior dilema de sua vida: escolher entre a noiva, Das Dô, ou a mula, Beija-fulô. Baseado no conto ‘Corpo Fechado’, do livro ‘Sagarana’, de João Guimarães Rosa
Ficha técnica
Ano: 2015
País: Brasil/comédia
Duração: 86 min.
Direção: Luiz Henrique Rios
Roteiro: José Carvalho
Produtor: Diler Trindade
Produtora executiva: Elisa Tolomelli
Produtor delegado: Geraldo Silva de Carvalho
Diretor de fotografia: Roberto Amadeo
Diretor de arte: Paulo Flaksman
Cenografia: Ana Schlee
Figurino: Inês Salgado
Direção de produção: Lili Nogueira
Som direto: José Moreau Louzeiro
Montagem: Felipe Lacerda, Rodrigo Lima e Rafael Paiva
Produção de elenco: Cibele Santa Cruz
Elenco: Caio Blat (Manuel); Maria Flor (Das Dô); Alexandre Borges (Targino); Lima Duarte (Nhô Peixoto); Vera Holtz (Flausina); Fabiana Karla (Tomázia); Julio Adrião (Julio Adrião); Guilherme Weber (Zéza); Milton Gonçalves (Monsenhor Fidélis); Xando Graça (Rosendo); Ana Rios (Dorita); Ana Lúcia Torre (Vó Lindelena); Carol Aguiar (Nelzi); Marcello Escorel (Doutor); Lucas Oradovschi (Cigano Malaquias); Marina Vianna (Isaura); Beija-Fulô (Mula Beija-Fulô) Marcio Ehrlich (Tabelião); Clara Serejo (Nilzi).
Produção: Diler & Associados, Olho de Boi, Thijoana Filmes e Roteiraria
Co-produção: Globo Filmes, Labocine e Canal Brasil
Distribuidoras: Downtown Filmes e Paris
Classificação indicativa: 12 anos

Documentários e ficção: curta-metragens

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João Guimarães Rosa – acervo FBN

Filme: A João Guimarães Rosa
Sinopse: Imagens do sertão mineiro (tipos humanos, aspectos geográficos, afazeres domésticos) e trechos narrados do romance ‘Grande Sertão: Veredas’.
Ano: 1968
Gênero: Curta-metragem – 35 mm, P&B, 12 minutos
Tipo: Documentário
Produtora: ECA/USP – Departamento de Cinema da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo; Roberto Santos Produções Cinematográficas Ltda.
Direção: Roberto Santos
Fotografia: Maureen Bisiliat
Narração: Humberto Marçal
Música: Chico de Moraes
Prêmios:
– Melhor Filme Experimental no Festival de São Carlos, 1, 1969, SP.
– Primeiro Prêmio de Curta Metragem no Festival Norte do Cinema Brasileiro, 1, 1969, Manaus – AM.

– Melhor Curta Metragem no Festival de Brasília, 5, 1969, Brasília – DF.
* Assistir AQUI!

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Ilustração de Poty

Filme: A criação literária de João Guimarães Rosa
Sinopse:
Com base em clássicos como Grande Sertão: Veredas, Manuelzão e Miguilim e Sagarana, de João Guimarães Rosa, as narrativas do sertão são apresentadas com narração de Hugo Carvana, Paulo César Peréio e do escritor.
Ano: 1969
Gênero: Curta-metragem – 35mm – cor
Tipo: Documentário (Guia de Filmes, 38)
Duração: 15’
Produtores: David Neves; Paulo Thiago e Paulo Vieira
Direção e roteiro: Paulo Thiago
Narração: Hugo Carvana e Paulo César Peréio
Prêmios:
– Premiação no Festival Internacional de Cinema de Santarém, 1975 – PT..
– Festival Internacional de Curta-metragem, 1, 1971, RJ.

Filme: Veredas mortas
Sinopse: “Um registro da realidade geográfica humana e mitológica do sertão de Minas Gerais, cuja magia inspirou o escritor Guimarães Rosa, notadamente em ‘Grandes Sertões: Veredas’, refletindo também sobre as perspectivas de transformação radical dessa região a médio prazo, a partir da implantação de grandes projetos rodoviários, agrícolas e industriais.” (FBHCM/5
Ano: 1975
Gênero: Curta-metragem
Tipo: Documentário
Produtora: Filmes D’el Rei Ltda.; Embrafilme
Direção e roteiro: Victor de Almeida
Música: Tavinho Moura; Grupo Corte Palavra e Renato Andrade
Narração: José Aurélio Vieira
Prêmios:
– Melhor Roteiro de Curta-metragem no Festival de Brasília, 9/1976, Brasília/DF.
– Prêmio Secretaria de Estado de Governo no Concurso Anual de Filmes Mineiros de Curta-metragem, 1, 1977, MG.

Filme: Veredas de Minas
Sinopse: Biografia sobre João Guimarães Rosa. Veredas de Minas, mostra os homens do sertão que se tornaram personagens de Guimarães Rosa (1908-1967). Manuelzão e Zito relembram passagens ao lado do criador de Grande Sertão Veredas, outra obra a completar 50 anos em 2006. O documentário inclui trechos de filmes inspirados no escritor — de Paulo Thiago, Maurice Capovilla e Roberto Santos — e imagens de sua Cordisburgo natal, e fotos da posse na Academia Brasileira de Letras, dois dias antes de sua morte, em 1967, em que profetizou: As pessoas não morrem, ficam encantadas.
Ano: 1975
Gênero: Documentário / Biografia
Tipo: Curta-metragem – 35mm
Duração: 10min – 15seg
Produtora: Bem-Te-Vi Filmes
Direção: David Neves e Fernando Sabino
Narração: Hugo Carvana
* Assistir AQUI!

Filme: João Rosa
Sinopse: Biografia livre do escritor João Guimarães Rosa, narrada por seu maior personagem vivo: Manuelzão.
Ano: 1980
Formato: 35 mm
Tipo: documentário
Duração: 13 min
Produtora: Grupo Novo de Cinema
Diretor: Helvécio Ratton
Roteirista: Helvécio Ratton e Mário Alves Coutinho
Direção de Fotografia: Dileny Campos
Produtor: Tarcísio Vidigal
Câmera: Maria Amélia
Técnico de som: Evandro Lemos da Cunha
Montagem: José Tavares de Barros
Música: Nivaldo Ornellas
Elenco: Manuel Nagle – Manuelzão e (João Guimarães Rosa)

Filme: Eu Carrego o Sertão Dentro de Mim
Adaptação: Inspirado em uma entrevista que João Guimarães Rosa deu ao crítico literário o alemão Günter Lorenz – em que expõe sua identidade, que não dissocia a vida da arte, o homem do escritor –, o documentário busca reconstruir seu conceito de sertão. Com apoio do mestre santeiro Noza, do cantador Severino Pinto, do “coronel” Chico Heráclio, de Limoeiro, e uma canção de vaqueiros cantada pelo cego Raimundo Silvestre dos Santos, pretende-se afirmar que o sertão é também uma maneira de pensar e viver, é um espaço de criação e eternidade, e, por isso, o carregamos dentro de nós.
Tipo: Curta-metragem
Formato: 16 mm
Cor: P&B
Ano: 1980
Duração: 15 minutos
Direção: Geraldo Sarno
Direção de fotografia: Pedro Farkas e Thomaz Farkas
Narração: Nelson Xavier
Produção: José Carlos Avellar; Chico de la Riva; Thomaz Farkas; Saruê; e Caribê.
* Assistir AQUI!

Filme: Famigerado
Sinopse: Certo dia, um moço do Governo, comete a ousadia de referir-se ao jagunço Damásio como um “famigerado”. Sem saber se era elogio ou ofensa, foi esclarecer-se com o médico, homem de letras, sobre o significado de tão estranha palavra. Baseado no conto homônimo, do livro Primeiras estórias, de João Guimarães Rosa.
Ano: 1991
Duração: 14 min.
Formato: ficção, vídeo, cor,
Ficha técnica
Direção: Aluízio Salles Jr.
Companhia produtora: Fazenda Cinema e Vídeo
Produção: Aluízio Salles Jr.
Direção de produção: Cláudia Brasil
Roteiro: Fernando Fabrini
Direção de fotografia: Carlos Giovanni
Direção de arte: Edwiges Leal
Som direto: Nélio Costa
Trilha sonora: Tavinho Moura
Elenco: Saulo Laranjeira; Antonio Naddeo; Bernardo Matta Machado; Gil Amâncio; e Rodolfo Vaz
* Assistir AQUI!

Filme: Rio de Janeiro, Minas
Sinopse: O encontro de Riobaldo e Diadorim no porto do Rio de Janeiro e a posterior travessia pelo rio São Francisco.
Ano: 1993
Gênero: Curta-metragem – formato 35 mm, colorido
Tipo: Ficção
Duração: 8 min.
Diretora: Marily da Cunha Bezerra
Fotografia: Kátia Coelho
Montagem: Sarah Yakhni
Prêmios:[…]
Contato: Museu da Imagem e do Som – a/c Setor Cinema São Paulo – SP.
* Assistir AQUI!

Filme: Urucuia – um nosso vão de riquezas
Sinopse: Documentário poético sobre a região do rio Urucuia, norte de Minas Gerais, que retrata o modo de vida de sertanejos sábios, que trazem integrados à produção diária da subsistência, a experiência religiosa e as manifestações festivas. Conduzidos por dona Joaninha, 94 anos, e seu Juquinha, 92, conhecemos como se faz o melado e a tapioca, conhecemos a folia de reis, o lundu, a dança de São Gonçalo, cantigas, versos e histórias; e ouvimos sobre a triste situação do cerrado diante do desmatamento.
Ano: 1998
Duração: 23 min.
Gênero: documentário
Formato: vídeo, cor
Ficha técnica
Direção e produção: Angélica del Nery
Produtoras: Aruá Filmes e Angélica Del Nery
Direção de fotografia: Andrea Scansani e Olindo Estevam
Montagem: Ide Lacreta
Som direto: Marcelo S. Manzatti
Edição de som: Francisco Mosqueira
Finalização: Marcelo Porto
* Assistir AQUI!

Filme: Desenredo
Sinopse: Jó Joaquim era quieto, respeitado… e quando se envolveu com Irlivia, mulher bela e enigmática, não imaginava as surpresas que esta relação lhe reservava. “Desenredo” faz parte da coletânea Tutaméia, onde João Guimarães Rosa exercita com maestria toda a sua capacidade de experimentalismo poético.
Gênero: Ficção
Direção: Raquel de Almeida Prado
Elenco: Bertinho, Cristina Prado, Luiz Pinho, Marco Gonçalves
Ano: 2001
Duração: 10 min.
Cor: Colorido
País: Brasil
Fotografia: José Braz Mania
Som Direto: André Pagnossim, Ana Luiza F. Salles
Direção de Arte: Josette Monzani

Filme: Diário do Sertão
Sinopse: Um olhar onírico sobre o sertão de Minas Gerais. Lugar-liminar, fundador de mitos e de ficções, o Sertão é tomado aqui como espaço misterioso de representação, no qual se mantêm tensionadas história, memória e ficção. O filme investe em estados extremos de percepção do real, através dos quais elementos imaginários e ficcionais se entrecruzam.
Ano: 2003
Duração: 14 min.
Formato: 35mm, cor
País: Brasil
Ficha técnica
Direção, pesquisa e roteiro: Laura Erber
Fotografia e câmera: Pedro Urano
Assistente de câmera: Gisele Tollomeli
Som direto: Bruno Espírito Santo
Edição: Bernardo Spinelli e Laura Erber
Desenho de som: Laura Erber; Bernardo Spinelli; e Paolo Pacchini
Mixagem: Bernardo Spinelli
Música: Roberto Corrêa
Produtora: Funarte; Le Fresnoy; Redemoinho Filmes; Serpente Filmes
Produção executiva: Blaise Basdevant e Laura Erber

Filme: Livro para Manuelzão
Sinopse: Documentário poético, em que o vaqueiro Manuel Nardy, aos 91 anos, fala de seu encontro com o escritor João Guimarães Rosa, que o eternizou no conto “Uma estória de amor” (Festa de Manuelzão). O filme traz uma reflexão sobre o nascedouro das “estórias”, questão que está contida no próprio conto. A partir de cadernetas de viagem do escritor, das coincidências factuais narradas pelo vaqueiro, e pelas palavras do próprio conto, o filme compreende um pequeno ensaio poético sobre a criação literária, onde vida e invenção se encontram.
Ano: 2003
Duração: 26 min
Formato: vídeo, cor
Gênero: documentário
Ficha técnica
Direção e produção: Angélica Del Nery
Produtoras: Aruá Filmes e Angélica Del Nery
Direção de fotografia: Andrea Scansani e Olindo Estevam
Montagem: Ide Lacreta
Som direto: Marcelo S. Manzatti
Edição de som: Francisco Mosqueira
Finalização: Marcelo Porto
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Filme: São Marcos
Adaptação do conto São Marcos, integrante da obra Sagarana, de Guimarães Rosa.
Duração: 10’17
Produção: ‘O Gueto’ Compania Cinematográfica.
Atores: Henrique Marino, André Roschel, Bruno Grotti.
Direção: Henrique Marino e Cecilia Bergamo.
Direção fotográfica: Natália Eiras e Henrique Marino.
Adaptação: Cecília Bergamo, Henrique Marino, Natália Eiras e Bruno Grotti.
Câmeras: Natália Eiras e Bruno Grotti.
* Assistir AQUI!

Documentários: longa-metragem

Filme: Projeto Sertão 
Sinopse: Documentário sobre a região do sertão mineiro e a obra de João Guimarães Rosa, em 03 capítulos: A Terra, O Homem e A Alma. O filme conta da ocupação da região pela civilização portuguesa e sua inserção na economia de mercado mundial. A formação da civilização sertaneja e a participação das raças fundadoras da civilização brasileira na elaboração de uma mitologia rica e barroca. O Rio de São Francisco como caminho da civilização e da alma sertaneja.
Ficha técnica
Direção e pesquisa: Sérgio Amzalak
Direção de fotografia e realização: Auro Queiroz
Produção: Berenice Martins, Hugo Bengtson, Jaqueline Guimarães.
Textos e realização: Tomaz Cardoso
Edição: Nélio Lisboa
Trilha sonora original: Walter junior
VEJA ONLINE
Capitulo1 Sertão A Terra
Capitulo2 Sertão O Homem
Capitulo3 Sertão A Alma

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Outro Sertão – o documentário

Filme: Outro Sertão
Sinopse: Outro Sertão é um documentário sobre a estadia de João Guimarães Rosa na Alemanha nazista. O filme resgata a experiência do então vice-cônsul em Hamburgo entre 1938 e 1942. Através de imagens de arquivo da época, documentos, testemunhos de pessoas que o conheceram e uma entrevista inédita com o próprio escritor, o documentário revela novos aspectos de sua biografia. Dividido em capítulos – a chegada, o amigo, o diário, o escritor, o diplomata, o alarme e a partida – o documentário rastreia os quatro anos vividos por Guimarães Rosa em Hamburgo. Imagens, em grande parte feitos por amadores alheios à estética oficial da propaganda nazista, esboçam o cenário no qual ele viveu. Trechos de cartas, contos e anotações em off revelam suas impressões pessoais. Documentos inéditos (alemães e brasileiros) e testemunhos de judeus que fugiram para o Brasil por Hamburgo, bem como de amigos e críticos, recriam a experiência de Guimarães Rosa na Alemanha nazista.
Ano: 2013, Brasil
Duração: 73 min.
Gênero: documentário
Ficha técnica
Direção e Roteiro: Adriana Jacobsen e Soraia Vilela
Produção executiva: Beatriz Lindenberg
Fotografia: Jacob Solitrenick, Yoliswa Gärtig, Roberto Manhães Reis, Thomas Keller, Adrian Cooper, Fernando Coster e Adriana Jacobsen
Montagem: Isabela Monteiro de Castro
Trilha: O Grivo
Motion graphics: Estúdio Rogério Costa
Voz escritor: Rodolfo Vaz
Voz documentos oficiais: Hans Pfeifer
Produtora: Galpão Produções / Instituto Marlin Azul
Motion graphics: Estúdio Rogério Costa
Coprodução: Galpão Produções / Instituto Marlin Azul
Realização: Adriana Jacobsen e Soraia Vilela
Prêmio
– Prêmio especial do júri pelo trabalho de pesquisa no 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2013.

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Aracy Moebius de Carvalho em foto de 1939, em Hamburgo (Alemanha)

Filme: Esse Viver Ninguém Me Tira
O documentário busca reconstruir imageticamente o período vivido por dona Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa em Hamburgo, quando se apaixona por João Guimarães Rosa. Trabalhando como chefe do setor de passaportes do consulado brasileiro, ela decide ajudar judeus a emigrarem para o Brasil, contrariando o regime nazista e as circulares secretas emitidas pelo governo Getúlio Vargas. Única brasileira inscrita na Avenida dos Justos entre as Nações, em Jerusalém, Dona Aracy morreu com 103 anos.
Ano: 2014
Duração: 80 min
Gênero: Documentário
Ficha técnica
Direção: Caco Ciocler
Roteiro: Alessandra Paiva, Caco Ciocler, Caroline Leone, Mariela Falatycki
Produção: Monica Monteiro
Fotografia: Gerônimo Lessa e Jacob Solitrenick
Montador: Caroline Leone, Mariela Falatycki
Trilha Sonora: Felipe Grytz
Estúdio: BSB Serviços Cinevídeo Ltda.
* Assistir AQUI!

Televisão: especiais, séries e minisséries

Filme: Do Sertão ao Beco da Lapa
Adaptação: Uma homenagem a Guimarães Rosa, com a participação dos personagens reais de Guimarães Rosa: Manuelzão e Juca Bananeiro. Aos poucos é Rosa quem vai se tornando mito diante dos causos de seus personagens, agora presentificados em realidade.
Ano: 1972
Cor: Colorido
Duração: 20 minutos
Formato: 35 mm/ ou 16 mm?
Gênero: Documentário
Direção: Maurice Capovilla,
Produtora: Globo Shell Especial, TV Globo
Direção de fotografia: Walter Carvalho e Hermano Penna
Narração: Lima Duarte; Paulo Sesar Pareio; Mario Lago
Produção executiva: Quindó
Montagem: Laércio Silva
Música: Adauto Santos e Leo Karan
Sonorização: Odil Fono Brasil
Coordenação geral: Carlos Augusto Oliveira

Filme/Especial: Sarapalha
Adaptação: do conto “Sarapalha” do livro “Sagarana”, para Caso Especial, da Rede Globo – Rio de Janeiro/RJ.
Ano: 1975
Direção: Roberto Santos
Produtora: TV Globo
Prêmios:
– Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte (1975)
– Melhor Especial do Ano
Site: Cineastas Roberto Santos

Filme: Sorôco, Sua Mãe, Sua Filha
Adaptação: Conto “Sorôco, Sua Mãe, Sua Filha” do livro “Primeiras Estórias”.
Ano: 1975
Cor: P&B
Adaptação do Texto: Kiko Jaess e Ênio Gonçalves
Direção: Kiko Jaess
Produção: TV Cultura – São Paulo/SP – Série Grande Teatro.
Elenco: Laura Cardoso; Ênio Gonçalves(Sorôco); Beth Goulart; Eudósia Acuña; Clodomiro Bacelar; Lino Braga; Marcos Câmara; Ricardo Dias; Mário Guimarães; Nieta Junqueira; David Neto; Luís Alberto Pereira; Sílvio Rocha; e Clemente Viscaíno.

Filme: Corpo fechado
Adaptação: conto Corpo Fechado, do livro “Sagarana”.
Ano: 1975
Cor: P&B
Adaptação do texto: Dionísio de Azevedo
Direção: Lima Duarte
Elenco: Lima Duarte, Rogério Márcico, Eduardo Abbas, Luiz Parreiras, Vera Lúcia Siqueira
Produção: TV Cultura – São Paulo/SP – Série Grande Teatro.

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Grande Sertão: Veredas. Walter Avancini (Minissérie)

Minissérie: Grande Sertão: Veredas
Sinopse: A história de um ”amor proibido” e imensa profundidade psicológica entre seus dois personagens principais: Riobaldo sente-se atraído pelo companheiro Diadorim, sem saber que este é na verdade uma garota vestida de homem. Ela fez isso para poder se vingar daqueles que mataram seu pai. Grande sucesso na TV Globo, essa minissérie adapta o terceiro romance de Guimarães Rosa, ”Grande Sertão: Veredas”. Um clássico que traz uma narrativa épica que se desenrola por 600 páginas e mostra de maneira inovadora para sua época, e com uma impressionante técnica literária, o jeito rude do homem do sertão mineiro.
Ano: 1985, Brasil.
Gênero: Drama
Tipo: Série de TV / Colorido
Produtora: Rede Globo de Televisão
Diretor: Walter Avancini
Roteirista: Walter Avancini, José Antônio de Souza, Walter George Durst, João Guimarães Rosa
Música: Julio Medaglia
Elenco: Tony Ramos, Bruna Lombardi, Tarcísio Meira, Eduardo Abbas, Paulo Alencar, Mario Alimari, José Alves, José Maria Amorim, Regina Andrade, Walter Babalu, Manfredo Bahia, Vera Barbosa, Ricardo Ferreira Batista, Bentinho.

Filme: Os nomes de Rosa
Os nomes do Rosa: Veredas do Sertão Mineiro
Sinopse: Um documentário, cinco episódios, cada um com 45 minutos. Somando quase cinco horas de duração.
Ano: 1997
Gênero: Documentário, dividido em cinco episódios, cada um com 45 minutos. Somando quase cinco horas de duração. “Os nomes do Rosa” foi exibido no canal de TV por assinatura GNT, e foi recebido com entusiasmo pelos amantes e estudiosos da obra de Guimarães Rosa.
Tipo: Documentário
Direção Geral: Pedro Bial
Direção: Claufe Rodrigues e Pedro Bial
Produtora: GNT
Produção Executiva: Tereza Gonzalez e Vânia Catani
Roteiro: Ana Luiza Martins Costa, Claufe Rodrigues e Pedro Bial
Coordenação de Pesquisa: Ana Luiza Martins Costa
Direção de Produção: Fernando Zagallo
Direção de Fotografia: José Guerra
Still – fotografo: Cafi
Primeiro Episódio:
“Os Nomes do Rosa” começa pelo fim. O escritor morreu três dias depois de tomar posse na Academia Brasileira de Letras. Antes de vestir o fardão, porém, teria adiado a cerimônia várias vezes. Surge então o lado mais supersticioso de Guimarães Rosa – que, dizem, teria tido sonhos premonitórios e por isso protelado a posse. O fato é bom pretexto para investigar uma velha lenda: Rosa teria feito um pacto com o demo? Alguns confirmam ou desfazem esse aspecto místico, enquanto vaqueiros que conviveram com ele de perto falam sobre o demo. O mesmo episódio volta a dar voz aos sertanejos para que eles contem histórias fantásticas do sertão, provando que elas são tão ou mais fabulosas que as narrativas do próprio Rosa.
Segundo Episódio:
O tema do capítulo é a reconstituição da famosa viagem das cadernetas. Apenas um dos caderninhos de anotação de Rosa está intacto, preservado no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (foi filmada pela equipe e é mostrada neste episódio). Mas o autor datilografou o conteúdo de várias outras, deixando bastante completa a documentação de sua viagem. Serão mostradas várias imagens de fazendas sertanejas e testemunhos que confirmam que ele estava sempre anotando tudo. O encerramento é dedicado ao universo dos vaqueiros, seus causos,seu trabalho e sua prosa.
Terceiro Episódio:
A equipe de “Os Nomes do Rosa” rastreou vários cenários de Grande sertão: veredas no mapa e foi visitá-los pessoalmente, reconstituindo o caminho de Riobaldo. Puderam constatar, porém, que nesse livro Rosa não foi tão preciso na sua descrição geográfica. Segundo os roteiristas, chega um momento em que surgem rotas imaginárias, aparece outra dimensão além da geográfica. Entra em pauta um aspecto importante: o universalismo do sertão de Rosa, defendido por vários críticos. O documentário mostra o encontro do Rio das Velhas com o Rio São Francisco, onde Riobaldo, no Romance, se dá conta de que está apaixonado por Diadorim. No último bloco, comprova-se que Guimarães Rosa se ancorou na história do sertão para escrever seus livros, tomando como modelo personagens reais. O jagunço, como figura simbólica do sertão, é então analisado.
Quarto Episódio:
Manuelzão, em seu depoimento, foi categórico: “O sertão acabou”. O que significa isso? A chegada dos eucaliptos, das carvoarias, dos caminhões que transportam as boiadas, dos postos de gasolina e antenas parabólicas: foi esse o sertão que se transformou, incorporando a modernidade. Mas a cultura, como prova este capítulo de “Os Nomes do Rosa”, nunca esteve tão viva. Abre-se espaço para uma discussão mais teórica e política, discutindo também a relação entre o sertão de Rosa e o de Euclydes da Cunha, autor de Os sertões. A câmera chega até o parque Grande Sertão, reserva ecológica mais importante da área. O bloco final é dedicado às sertanejas, também fortes, e chega a localizar alguns personagens femininos de Rosa que também existiram. Principalmente as prostitutas de Montes Claros, cidade que já foi fim de linha de estradas de ferro e já teve 10 mil habitantes e quatro mil prostitutas, e que foram retratadas pelo autor.
Quinto Episódio:
No desfecho do documentário o princípio de tudo: o último capítulo aborda a infância de Rosa, e vai buscar amigos seus que ainda moram em Cordisburgo, sua terra natal. Fala de sua paixão pelo xadrez, seu desenvolvimento como um menino prodígio, e sua primeira atividade profissional, como médico.

Filme: João Guimarães Rosa – o mágico do reino
Sinopse: A história da vida do escritor, que também foi médico, diplomata e estudioso de línguas. Em sua obra, a presença do universo sertanejo, com histórias de jagunços, conflitos e andanças. O programa mostra narrações de trechos de textos consagrados do autor, como Grande sertão: veredas, Sagarana, Tutaméia, entre outros. Participação dos “Miguelins”, jovens de Cordisburgo – MG, que resgatam a obra de Guimarães Rosa por meio da tradição oral. O programa analisa seu principal livro, Grande sertão: veredas.
Ano: 2001
Gênero: Documentário da série Mestres da Literatura da TV Escola
Duração: 29’53′
Produtora: Pólo Imagem e TV PUC para a TV ESCOLA/MEC.
Diretor/ roteirista: Mônica Simões
Produção: Malu Viana Batista

Filme/ Especial: Grande Sertão: Veredas
Adaptação: adaptação para a televisão de um dos maiores clássicos da literatura do século XX, em homenagem ao centenário de nascimento de João Guimarães Rosa. Com elementos de ficção sobre a obra clássica de Guimarães Rosa “Grande Sertão: Veredas”, combinando depoimentos, entrevistas, trechos encenados, referências gráficas e músicas inspiradas em sua obra.
Gênero: Docu-drama
Produtora: Bossa Nova Films e Record
Ano: 2008
Duração: 30/40 minutos
Roteiro: Sérgio Augusto Andrade (o Arapinha)
Adaptação do Texto: Willy Biondani
Direção: Sérgio Augusto Andrade e Willy Biondani
Direção de fotografia: Walter Carvalho Corrêa
Direção de arte: Sidney Biondani.
Produção Executiva: Denise Gomes
Elenco: Silvia Lourenço e Odilon Esteves
Site: Bossa Nova Filmes

Filme: Sertanias
Sinopse: Veredas e chapadas compõem a paisagem retratada em “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa. Lado a lado, 75 pessoas refizeram os passos do jagunço Riobaldo e seu bando pelo sertão mineiro, em julho deste ano, pelo programa “O Caminho do Sertão”, promovido por ONGs, em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura de Minas. O resultado dessa experiência é o documentário “Sertanias”.
Ano: 2018
Duração: 54 min.
Gênero: Docu-jornalismo
Direção e roteiro: Juliana Dametto Guimarães Rosa e Alexandre Roldão
Fotografia: Sandiego Fernandes
Áudio: Luiz Gastão
Música Original: Marion Lemonnier
Edição de imagens: Daniela Dantas
Supervisão: Cristina Aragão
Chefia de redação: Márcia Monteiro
Produção: GloboNews e Nonada Cultural Ltda
* Assistir AQUI!

Extras sobre o sertão brasileiro

Filme: Cinema falado
O experimental se mescla ao documental. Textos para serem ditos: de prosa e de poesia; de filosofia; escritos pelo próprio cineasta ou por seus escritores prediletos. Pessoas de quem ele gosta, atores com quem convive. Exercícios de som e de fotografia, um pouco de dança e de teatro. Lugares onde mora, na realidade ou na lembrança. Um dos episódios é inspirado em trecho do livro Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa.
Ano: 1986
Duração: 110 min.
Formato: 35 mm, cor
Gênero: docu-ficção
Ficha técnica
Direção e argumento: Caetano Veloso
Produção: Guilherme Araújo e Caetano Veloso
Produção executiva: Rodolfo Brandão
Gerente de produção: Sergio Borba
Direção de fotografia: Pedro Farkas
Som direto: Jorge Saldanha
Montagem: Mair Tavares
Elenco: Regina Casé, Paula Lavigne, Chico Diaz, Hamilton Vaz Pereira e Dedé Veloso
Direção musical: Caetano Veloso
Trilha sonora: Edu Lobo
Música de: Walter Smetak, João Gilberto, Puccini, Varése, Webern, Emilinha Borba, Gilberto Gil, John Cage, Noel Rosa, Vadico, Prince, Edu Lobo, Nana Caymmi, Luis Bonfá, Chico Buarque, Billie Holiday, Waly Salomão, Willie Colon, Tom Jobim, Victor Young
Produtoras: Skylight e Elipse
Companhia distribuidora: Embrafilme S.A.

Filme: Aboio
No interior do Brasil, adentrando as extensões semi-áridas da caatinga, há homens que ainda hoje conservam hábitos arcaicos, como o costume de tanger o gado por meio de um canto de nome aboio. Um filme sobre a música, a vida, o tempo e a poesia dos vaqueiros do sertão.
Não é uma adaptação direta de João Guimarães Rosa.
Gênero: documentário
Formato: 35 mm, cor
Ano: 2005
Duração: 73 min.
Ficha técnica
Direção: Marília Rocha
Produção: Helvécio Marins; Delie Vassalo; José Ferraz; Camila Groch; e Keyla Pit
Produção executiva: Marília Rocha
Argumento: Marília Rocha
Roteiro: Marília Rocha e Clarissa Campolina
Direção de fotografia e câmera: Leandro HBL e Marília Rocha
Direção de som: Bruno de Cavaco
Montagem: Clarissa Campolina; Leandro HBL; e Marília Rocha
Edição: Clarissa Campolina
Montagem de som: Bruno do Cavaco/ O Grivo
Direção de arte: Fred Pau

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