Num belo domingo de sol, com céu azul, a Paulista vestiu-se de vermelho em seu solo para receber milhares de ciclistas em sua ciclovia que vem para democratizar o espaço da avenida mais rica do Brasil.
Igualdade seu nome é Avenida Paulista.
Pelo menos era isso que estava retratado nos rostos de pedestres e ciclistas neste domingo, dia 28 de junho de 2015, uma data marcante para a mobilidade urbana de uma das cidades mais caóticas, se não a mais, de todo o mundo.
Ponto para o prefeito Haddad que enfrentou reacionários de quatro rodas, que não querem melhorar sua mobilidade, desde que componha o péssimo trânsito dentro de seu possante SUV.
Ponto para aqueles que usam automóveis rotineiramente, mas que estão se voltando ao humanismo configurado em bicicletas e no andar a pé.
Ponto para moçada que não aceitou a imposição dos intransigentes e mostrou que pedalar é ser livre e feliz.
Moçada que já batalha para que a Paulista, a qual muitos endinheirados acham ser donos, seja compartilhada por todos e que, aos domingos e feriados, ela seja exclusivamente de quem ande a pé e de bicicleta (veja BIT.LY/domingo na paulista).
Depois da festa de hoje, a Avenida Paulista nunca mais será a mesma.
Será bem melhor!
Todas as fotos foram feitas pelo autor do texto, Washington Luiz de Araújo, exceção a foto da capa, que você vê abaixo, é de Anamaria Leme. A bike com flores é uma homenagem a Juliana Ingrid Dias, que foi acidentada ao se transportar de bicicleta na Avenida Paulista em março de 2012.
Em seu Facebook Anamaria Leme escreveu: “Aos ciclistas pioneiros, que abriram nossos olhos para uma triste realidade, que agora está ficando mais alegre. Um carinho especial pra eles!
Veja como foi a festa na Paulista: