Ulisses Capozzoli, Facebook –
O desgoverno do mordomo foi derrotado ontem na pretensão de votação urgente para a “reforma trabalhista”.
Um desmonte de direitos elementares da cidadania.
Nos bastidores do poder despótico fala-se de “traição”.
Como se fosse algo recente.
A traição está na base, no sustentáculo, vacilante, do grupo que tomou de assalto o poder.
No Planalto Central, mais que nunca, dorme-se com um olho aberto.
Mas o desgoverno não desistiu. Não vai desistir fácil da determinação de nocautear a nação.
É para isso, com essa finalidade, que atropelou os fundamentos da democracia.
Com a ajuda cínica & oportunista das “instâncias legais”.
O Brasil está distante do mundo civilizado. Por estes tristes trópicos predomina o vale tudo.
E parte do ajuntamento nacional apoia: da tortura ao oportunismo mais vil.
Por ausência de princípios & carência de rudimentares noções de civilidade.
A marca, a ferro & fogo, da casa grande nunca se apagou por aqui.
O desgoverno não desistiu de seu intento.
A tentativa de negar conquistas da revolução industrial.
Quando máquinas substituíram músculos humanos & animais.
Para que humanos pudessem investir em educação & cultura.
E assim, com educação & cultura, se autodescobrirem na sua essência profunda: humanos.
E não bestas de carga. De trabalho forçado, alienado, vazio de criação.
O trabalho escravo que convém à mentalidade da casa grande.
Esse, de congelar investimentos & esforços criativos por 20 anos.
Absolutamente inacreditável. Odiosamente surreal…
O desgoverno vai chamar os chefetes de partidos.
Vai dizer “dão ou descem”.
Dão o que desgoverno quer, os votos. Ou descem dos privilégios de controlar cargos de poder.
O troca-troca infame do “trottoir” em que se transformou o Planalto Central.
Por “trottoir” não entenda a tradução literal, de “calçada”. Não é.
É o de “rodar a bolsinha”. Essa mesmo.
A putaria mais deslavada, com perdão das prostitutas que nada têm a ver com a degeneração de princípios elementares de cidadania.
Prostitutas entregam seus corpos a uma necessidade básica.
O amor. A busca do amor, onde ele possa ser encontrado.
O que se pratica, nas calçadas malconservadas de Brasília, é o despudor, o cinismo absoluto.
Mas há uma coisa que o desgoverno não controla.
A oscilação da taxa de traição.
A que faz os ratos desembarcarem de um naufrágio iminente.
O “salve-se quem puder”.
A tendência é a traição subir. Aproximar-se do ponto de ebulição, à medida que as contradições crescem. Com a velocidade do cogumelo depois das chuvas.
O mordomo não controla a própria boca.
As frases que vomita pela força do inconsciente.
Mas somos uma terra bruta. De pele grossa e insensibilidade paquidérmica.
Quem se importa, quem interpreta, o que pode ser o… inconsciente?