A recente história do Brasil na visão de Rodrigo Vianna

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A mudança de perfil do Brasil nos últimos anos é explorada pelo jornalista e apresentador Rodrigo Vianna em seu novo livro, “De Lula a Bolsonaro – combates na internet” (editora Kotter), que está em pré-lançamento.

Por Tatiane Correia, no Jornal GGN, compartilhado do Blog do BEPE




Rodrigo Vianna, jornalista e apresentador. Foto: Reprodução/Vanessa Nicolav – via Brasil de Fato

“Esse livro tem essas camadas do combate político, os combates na internet e, portanto, os combates de comunicação (…)”, diz Vianna, em entrevista exclusiva à TV GGN 20 horas desta sexta-feira (17/06).

“É minha tentativa de explicar um pouco as coisas, como é que o Brasil fez essa travessia do pleno emprego, do otimismo, daquela esperança de 2009/2010/2011/2012 para esse caos em que estamos com o Bolsonaro”, diz o apresentador do programa Boa Noite 247, na TV 247.

Segundo Vianna, a primeira parte do livro conta a história de 2010 para cá, desde a campanha eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva em 2009/2010 até a eleição de Dilma Rousseff em 2013, partindo para os chamados combates da Internet

“Enquanto a gente vai falando sobre campanha política, vai também se falando das barbaridades que a imprensa vai fazendo nesse período”, lembra o jornalista.

E um dos episódios em questão pode ser considerada a estreia das fake news pela mídia: a história da ficha falsa da presidente Dilma, que foi publicada na primeira página do jornal Folha de São Paulo.

“Então, esse debate também estava nos posts – a gente falava da campanha, da política, dos debates, e fazia o próprio debate com a imprensa”, diz Vianna.

Construção da questão nacional

Na obra, Vianna também procura estabelecer algumas hipóteses sobre a questão nacional – ponto que considera ser a raiz do golpismo que aconteceu no Brasil.

“Quando eu falo de questão nacional é o petróleo, é o pré-sal, é o Lula com a mão no petróleo da mesma forma que o Getúlio Vargas tinha feito com a mão no petróleo”, diz o jornalista.“E aí se vê Lula e Dilma no poder – porque o Lula fora do poder era crítico ao trabalhismo e ao varguismo, mas no poder o Lula compreende e a Dilma depois mais ainda, compreendem o tamanho que foi essa construção nacional que vem lá do Vargas, do Jango, do Brizola e do trabalhismo histórico, a construção de um Estado Nacional”, diz o articulista.

Segundo Rodrigo Vianna, Lula e Dilma representam essa continuação desse projeto de um Estado Nacional com todos os seus problemas e limitações, inclusive à própria mídia progressista que se formava à época.

“A gente falava, fazia a crítica em alguns momentos, mas em outros momentos eu e outros blogueiros somos muito grandiloquentes, faltou um pouco mais de crítica talvez”, diz Vianna.

“Tinha um lado divertido nisso tudo e de muita resistência. Eu lembro de falar no telefone, ligava meia noite, a gente ficava na apuração… Cada um com a sua apuração (…) e os leitores, muita coisa vem dos leitores, que não são leitores passivos, são leitores que apuram”, relembra o jornalista.

O livro “De Lula a Bolsonaro – combates na internet”, de Rodrigo Vianna, pode ser comprado clicando aqui.

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