Por Rogério Marques, no Facebook –
Um dos assuntos mais comentados nesta terça-feira nas redes sociais é o fato de, antes de se tornar presidente, Jair Bolsonaro ter morado no mesmo condomínio, no Rio, onde mora um dos presos acusados do assassinato de Marielle e Anderson, o sargento PM reformado Ronnie Lessa.
Ser vizinho do acusado de um crime não significa que ninguém seja criminoso ou mesmo cúmplice, é verdade.
Mas essa avalanche de comentários nas redes sociais tem seus motivos.
Um deles é a conhecida antipatia da família Bolsonaro, para não dizer ódio, pelos defensores dos direitos humanos, como era a vereadora Marielle Franco, do Psol.
Mais de uma vez, integrantes dessa família manifestaram desprezo por defensores de direitos humanos, chegando mesmo a insinuar que são defensores de bandidos.
Quando o candidato a deputado estadual Rodrigo Amorim, do PSL, mesmo partido da família Bolsonaro, destruiu em público uma placa com o nome de Marielle não houve a menor indignação com o fato, por parte da família Bolsonaro.
Depois de eleito, Rodrigo Amorim emoldurou uma parte da placa que ele destruiu e pendurou na parede do seu gabinete, na Assembleia Legislativa do Rio. Novamente, nenhuma indignação por parte da família Bolsonaro.
Mais de uma vez o senador Flávio Bolsonaro, quando deputado estadual, prestigiou com homenagens policiais que, mais tarde se ficou sabendo, eram envolvidos com milícias e outros crimes.
Quando deputado federal, o atual presidente Jair Bolsonaro fez uma declaração criminosa em um programa de TV — disse ser a favor da tortura. Que isso jamais seja esquecido!
Sim, ser vizinho do acusado de um crime não faz de ninguém criminoso ou mesmo cúmplice. Mas a pregação de ódio doentia por parte da família Bolsonaro, e as pessoas de quem ela se cerca, são o adubo para tantos comentários que nesta terça-feira tomaram conta das redes sociais.