A velha doença do moralismo esquerdista 

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Via Lucélia Araújo, Facebook

De vez em quando “zapeio” o feed em busca de “pensamento” alinhado a meu modo de pensar e um dia desses encontrei uma publicação de um perfil que não está nos meus contatos mas resume à perfeição o que penso, na verdade são duas publicações e salvei-as em minha pag……

de João Feres Jr.:

“A VELHA DOENÇA DO MORALISMO ESQUERDISTA




Nessas horas de crise da esquerda sempre surgem os que pontificam o principismo moralista como solução. A tradução mais concreta dessa maneira de pensar é: daqui para a frente não podemos fazer concessões.

Agora, qual é a real vantagem em ficarmos sempre fiéis às nossas convicções se para fazer isso nos alienamos do jogo político e nunca de fato exercemos o poder.

Não gosto de psicologismos, mas essa postura é baseada em uma expectativa totalitária na qual nosso “outro” é eliminado de um mundo que podemos governar sozinhos.

Isso de ficar ser verdadeiro em relação a princípios é coisa de moralista. (não me surpreende o fato de as mesmas pessoas que defendem isso em Junho de 2013 defenderem que era muito positivo que aquela massa amorfa e despolitizada fosse às ruas bradar contra tudo. Afinal, eles estavam imbuídos de muita convicção (moral)).

Esse moralismo é muito bonito para quem é classe média e não depende das politicas públicas do estado. Mas na verdade é um elitismo abjeto.

Ora, quem é pobre precisa que a política de fato tenha incidência no governo. E para isso, a esquerda tem que meter a mão na massa.”

A VELHA DOENÇA DO MORALISMO ESQUERDISTA – PARTE 2

Fico contente que as objeções ao meu post foram respondidas por outros amigos aqui de maneira que eu não faria melhor. As respostas são essas mesmas. Tá na cara, né? Quem quer fazer culto de princípios deveria entrar para a Igreja e não se aventurar a falar de ou fazer política.

Quero reforçar o ponto de que, para além do equívoco epistêmico que é reduzir a política à moral, tal posição é de uma falta de solidariedade máxima com as pessoas mais marginalizadas em nossa sociedade. Não é à toa que ela viceja na classe média, logo entre aqueles que não precisam do estado.

Então, aquilo que parece virtude moral individual, a honestidade acima de tudo, o purismo doutrinário, se mostra, na política, como ensimesmamento e egoismo profundo e auto destrutivo.

Na verdade, se aceitamos que existe uma ordem moral para além do cálculo individual das convicções, uma ordem moral coletiva, concluímos logo que esse moralismo individual é na verdade perversão.

Não é à toa que Maquiavel foi execrado pela Igreja.”

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