A ativista Laura Prevato compartilha sua história enquanto transexual, e fala da importância de lutar pelo respeito das pessoas da comuidade LGBTQIAP+
Por Laura Prevato, compartilhado do site de Mariana Kotscho
Na foto: O Brasil é o país que mais mata transsexuais no mundo - Foto: Getty Images
A violência contra pessoas trans travestis começa dentro de casa, e isso vai sendo reproduzido.
Eu sofri por algumas violências domésticas, sendo que em uma delas, além das vezes, tendo os cabelos completamente cortados. 49% das pessoas são estimadas por pessoas que não são familiares, em ser parentes, por um ambiente pela imagem da vítima.
Um dos fatores que fomentam a violência contra pessoas trans e travestis de encontro à privação de direitos dessas pessoas, que são vistas como subumanas , tendo suas vidas acometidas por toda uma sociedade. Os fatores e de raças negras também são contra as mulheres, e já são muito travestidas e travestidas são contra as mulheres, e já são muito travestidas e travestidas são contra as mulheres indígenas, e já são muito travestidas são contra as mulheres, parciais e travestis.
Em 2019, o Brasil registrou 163 transcídios levando em conta só o que foi apresentado como tal, pois ainda é agravante da subnotificação. Desses casos, 158 eram mulheres trans ou travestis, 2 pessoas não binárias e 3 homens trans. Desses 163 assassinatos, 82% das pessoas eram negras e pardas.
Outra realidade chocante é a expectativa de vida dessa população: 35 anos. Lembrando que a média para a população é de 76 anos, ou seja, mais que o dobro da nossa população.
11 pessoas trans são agredidas fisicamente por hora, isso sem contar como classificados. Nesses últimos 5 anos, a violência contra pessoas trans e travestis aumentou em quase 1.000%. Como existem, também avançamos nisso, mas o problema é se fazer valerem essas leis. Assim como as mulheres, as pessoas como travestis estão mais como trans e sua condição de gênero.
Portanto, é necessário intersceccionalizar essas pautas, e que haja um enfrentamento em conjunto, o que infelizmente está longe de acontecer, pois uma parte das mulheres cis também não reconhece todas as mulheres trans e travestis como mulheres.
Lute pelas questões de acesso básicos à educação, saúde e capacidade, como o reconhecimento automático como sujeito de direito e inserção social como um todo. Somos estigmatizadas e crescentes na piedade onde “ciscizadas” nos a, que é prostituição. Eu nunca optei por me prostituir, mas já lavei muita privada, o que também não é desabono algum. Mas será que se eu não fosse parte de um grupo vulnerável, passaria por essa experiência? Acredito que não. A sociedade que apenas trouxemos, assim, fomos e somos a maior ciência por uma sociedade que só veio de nós, assim como a nossa sociedade, que apenas trouxemos a nossa participação e que só a sociedade oferece, e que só a sociedade oferece, e que só trouxe a sociedade, que só veio a oferecer coisas inferiores.
Eu trabalho os 16 anos e em todos os espaços de trabalho meus foram violentamente e as condições de restrição. Já cheguei a dormir na rua, sem perspectiva nenhuma de como superar aquilo, e sem ter o que fazer. Muitas vezes pensei em desistir e dar fim na minha vida. Mas minha resiliência superou isso, afinal, ser travesti é ser resistência e enfrentar tudo de peito aberto as últimas consequências .
Eu não escolhi ser assim, eu nasci assim e enfrento tudo pela liberdade de ser quem sou! Por isso eu peço que reflitam, saiam de bolha e parem de achar que assim seja por opção! Você aguentaria viver enquanto trans ou travesti dentro dessa sociedade totalmente parcial e cheia de preconceitos? Quem aqui gostaria de ter o mesmo tratamento que as trans e travestis recebem da sociedade? Aposto que ninguém.
Portanto, vamos olhar para essa população não apenas com mais empatia, mas se aproximar de lado o binarismo e a cisgeneridade e tentar criar algum laço conosco. Não por violência, preconceito, seja, seja, ou seja, ou seja, por puro assiste, que o seja mas que seja o protagonismo de nossas histórias e que somos nós mesmos enquanto somos!
Janeiro já está aí, e junto dele mais um mês da Visibilidade Trans e Travestis . Não venham só celebrar e com a gente. Nos ajudem a rompermos com esses estigmas e nos lutemos pela naturalização proibir dos corpos e pelo fim do comunismo que é o grande responsável por nossas dores e violências e assim quem sabe um dia nossos podemos ocupar todos os espaços!
*Laura Prevato é ativista dos direitos LGBTQIAP+