A luta tem que ser política

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Por Maria Luiza Quaresma Tonelli – 

Estamos vivendo uma época na qual as pessoas afirmam certas coisas sem terem a mínima noção do funcionamento das instituições. Emitem opiniões na base do achismo.




Seria muito bom que as pessoas tivessem um mínimo de conhecimento antes de saírem deitando falação sobre determinadas questões. Opinião é o ponto de vista de cada um.

Portanto, não há opinião verdadeira ou falsa. Mas mesmo assim, uma opinião tem que ter um mínimo de coerência. Defender coisas que não são plausíveis só serve para desinformar e arrebanhar seguidores incautos ou ingênuos.

Democracia (a esfera da política, dos poderes eleitos, legislativo e executivo) e Direito (a esfera do judiciário, do poder não majoritário, não eleito) não se confundem. São poderes cujo processo decisório são totalmente distintos.

O primeiro, por ser eleito, está sujeito à opinião pública. O segundo, por não ser exercido por representantes do povo, nunca.

Pressão, clamor popular, gritaria, não tem qualquer influência sobre as decisões do poder judicial, seja para o bem, seja para o mal. Ao poder judicial não se “exige” coisa alguma. Pede-se.

A luta, portanto, tem que ser política. Se consegui me fazer entender, muito que bem. Para quem não quer entender, que passe bem.

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