Por João Lopes, no Facebook
Percebo que muita gente ficou indignada com a não eleição da ótima escritora Conceição Evaristo para a ABL. Creio que nem ela mesma está se importando com isso . Ainda mais que quem entrou no seu lugar não é ninguém que se possa ser levado a sério, quando o assunto é letras .
Há muito a tal eleição se transformou num jogo de cartas marcadas e pra ser eleito(a) tem que ser mais um bafejado(a) pela família de golpistas da Vênus platinada. O placar foi de 34 x 1. Isto mesmo que vocês leram: Trinta e quatro a um. Mas sensível, consciente e inteligente com ela sempre foi, ela nunca deve ter levado aquilo lá muito a sério. Todos nós sabemos e ela também tem noção de que ela é muito maior do que o que aquilo lá há muito se tornou.
Uma academia de Letras que se quer credível não pode reunir em seus quadros tipos desprezíveis como alguns que figuraram por lá num passado recente: Oscar Dias Correa, O general Lyra Tavares(Adelita), Roberto Campos, Luiz Paulo Horta, Ibrahim Sued, Roberto Marinho, Ivo Pitangui e outros do mesmo naipe. Esses são apenas algumas expressões físicas da vaidade humana. Além de Letras de câmbio, que outras letras o Charles Foster Kane (Citizen Kane) tupiniquim entendia?
Mesmo com muito pouco prestígio entre aqueles que no meio literário podemos levar a sério, a maioria dos que estão ali, salvo rariiiiiiiisssssssimas exceções, estão lá apenas como parasitas desse resíduo de prestígio que aquilo lá ainda mantém, apenas pra inflar seus egos e fazer um juízo sobrevalorizado de si mesmo.
Já que se trata de uma Academia de Letras, o que já teve ou tem a dizer um nabo desenxabido como o Merval Pereira? O que faz jus a sua presença ali? E Paulo Coelho, o que vale alguma coisa no que ele escreveu? E o mister Marimbondo de fogo? E o doutor de fino embuste (FHC), com o seu eterno vice presidente, o famoso “Mapa do Chile” (vulgo Marco Maciel)? O que esses dois representam para as letras desse país, a não ser como sempre foram, beneficiários indignos da letra fria das leis? Sem falar que o Mário Quintana perdeu duas vezes indicações, uma delas para o Bob Fields.
A ter como companhia esta confraria de reacionários ardilosos, creio que o reconhecimento literário é muito mais gratificante com um prêmio Camões ou até mesmo um prêmio Jabuti do que a nossa querida escritora ter que deparar no chá das cinco com golpistas e fascistas dissimulados.
Mesmo que fosse um motivo de orgulho para o movimento negro….. nem ela nem o movimento precisam daquilo lá, eles precisam mesmo e do que há 500 anos lhes são negados : direitos plenos, respeito e oportunidades iguais. Na próxima eleição por lá, um bem-te-vi atrevido me contou, que o Humorista Jô Soares é carta marcada.
P.S.- Sugiro uma outra sigla para a casa dos imortais iletrados: ABLEG (Academia Brasileira de Letras dos Embusteiros Globais).