Carlos Eduardo Alves pelo Facebook-
No caminho para uma obrigação mala, paro e sento para um café encorajador numa padaria bacana. Na mesa ao lado, uma mulher de seus recém 40 anos, vestida como executiva moderninha e a amiga, um pouco mais jovem, com roupa e jeito de quem acabara de sair do Ibirapuera (é perto). A pauta da conversa era o fim de semana. A agenda da mais velha era enlouquecedora. Tinha de tudo, de trabalho voluntário a cinema, festa, almoços, teatro, visitas, passeios..
.A mais jovem se espanta e pondera se o marido da amiga consegue acompanhar a maratona em busca da felicidade:
— Ele não vai. No fim de semana, ele sai com os amigos dele e eu, com os meus. Acabou a paixão. a gente se gosta mas não se gruda mais. Uma coisa de amigo, sabe?
O papo começa a me interessar mais e, curioso assumido, finjo vasculhar na papelada para justificar a permanência depois de tomar o café. Aquela velha história, filha, acomodação, bens e …”preconceito contra mulher separada”.
Papo avança e a amiga responde sobre o que irá fazer sábado e dominho. “Ficar com meu namorado, ué”. Levanto e saio pensando no resultado da bisbilhotice . Não sei se é desculpa ou não, afinal cada um sabe de seu amor ou dor, mas se mulher de classe média alta fala de “preconceito contra mulher separada”, o que rola naquelas que são dependentes financeiramente? E que talvez essa necessidade alucinante de afazeres até em final de semana tenha atrás de si um pouco de angústia e falta de um outro tipo de adrenalina. A vida e seus caminhantes…
PS: na saída, ouço dois moleques saidos de uma academia próxima comentarem, “Cara, viu que coroa bonita aquela?
.A mais jovem se espanta e pondera se o marido da amiga consegue acompanhar a maratona em busca da felicidade:
— Ele não vai. No fim de semana, ele sai com os amigos dele e eu, com os meus. Acabou a paixão. a gente se gosta mas não se gruda mais. Uma coisa de amigo, sabe?
O papo começa a me interessar mais e, curioso assumido, finjo vasculhar na papelada para justificar a permanência depois de tomar o café. Aquela velha história, filha, acomodação, bens e …”preconceito contra mulher separada”.
Papo avança e a amiga responde sobre o que irá fazer sábado e dominho. “Ficar com meu namorado, ué”. Levanto e saio pensando no resultado da bisbilhotice . Não sei se é desculpa ou não, afinal cada um sabe de seu amor ou dor, mas se mulher de classe média alta fala de “preconceito contra mulher separada”, o que rola naquelas que são dependentes financeiramente? E que talvez essa necessidade alucinante de afazeres até em final de semana tenha atrás de si um pouco de angústia e falta de um outro tipo de adrenalina. A vida e seus caminhantes…
PS: na saída, ouço dois moleques saidos de uma academia próxima comentarem, “Cara, viu que coroa bonita aquela?