Por Luisa Fragão, compartilhado da Revista Fórum –
Em depoimento à polícia, Geovane Gaspar da Silva afirmou que sua intenção era imobilizar a vítima. Ele foi preso em flagrante junto do segurança Magno Braz Borges
O ex-policial militar temporário Giovane Gaspar da Silva, um dos envolvidos na morte de João Alberto no Carrefour de Porto Alegre, afirmou em depoimento à polícia que não percebeu a morte da vítima e achou que o homem negro estivesse “encenando”.
Ele e o segurança Magno Braz Borges foram presos em flagrante no último dia 19, assim como a agente de fiscalização do Carrefour, Adriana Alves Dutra.
“Eu tentei sentir a pulsação dele. Eu estava com a adrenalina muito alta. O fiscal também, este que estava com ele. Veio outro rapaz da Vector, fez ali, e disse que ele estava bem. (…) Depois chegou outro senhor e falou: “Cara, acho que ele tá morto”. Sinceramente, achei que ele, naquele momento, estivesse encenando”, disse, segundo informações do Zero Hora.
À polícia, ele negou ainda ter escutado a vítima falar que não estava conseguindo respirar e que tenha colocado os joelhos nas costas do homem, apesar do fato ter sido registrado em vídeo.
O depoimento do ex-PM foi prestado na semana passada e durou cerca de quatro horas. Giovane foi expulso da Brigada Militar por ter cometido uma transgressão grave.