Redação – Sem comparar os personagens, pois Cartola e Nelson Cavaquinho não merecem isso, mas só a título de similaridade de casos. Cartola contava que um dia fez uma música com Nelson Cavaquinho, mas se surpreendeu quando um policial lhe apresentou a mesma composição como sendo feita por este com Nelson Cavaquinho. Cartola disse que só riu, mas procurou Nelson para reclamar. Não faria mais samba com o amigo, pois se sentiu traído ao ver que Nelson Cavaquinho vendeu a música da parceria para outra pessoa. O sambista de “Deus me fez assim” respondeu de pronto que havia vendido só a parte dele, Cartola que vendesse a sua. Tudo isso para lembrar que o ministro afastado da Justiça, em vias de ir para o Supremo, Alexandre Moraes, justificou um de seus plágios denunciados com argumento semelhante ao de Nelson Cavaquinho, afirmando que um dos plágios de que é acusado é de responsabilidade daquele com quem dividiu a feitura do livro.
Acusado de ter plagiado no livro “Legislação Penal Especial”, em co-autoria com o Procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Poggio Smanio, o – fazer o quê? – futuro ministro do STF, saiu-se com esta: procurado pelos Jornalistas Livres, o ministro da Justiça licenciado – por meio de sua assessoria de comunicação – não negou a cópia literal dos trechos em questão, apenas afirmou que a parte plagiada do livro foi escrita por seu colega e Procurador-Geral do Estado de São Paulo (leia mais abaixo). Já Gianpaolo Poggio Smanio não respondeu às perguntas dos Jornalistas Livres até a publicação desta reportagem.
Alexandre |Moraes dá a deixa de ser praticante do pensamento de outro grande sambista, Sinhô, para quem samba era igual a passarinho, de quem pegasse primeiro.
De novo, perdão aos sambistas, que se o faziam dessa forma era por necessidade de sobrevivência. No caso do quase STF, se comprovados os plágios, é por…. deixa pra lá.
Vejam a íntegra da reportagem de Gustavo Aranda, para os Jornalistas Livres:
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