O mundo está cheio de escritores, poetas, críticos e jornalistas mafiosos, que escondem o que sabem qu…e é bom para afirmarem seu próprio trabalho, muitas vezes raquítico e chinfrim. São figuras que encaram a criação não como uma grande aventura, tecida por muitas mãos, mas como uma disputa de mercado, onde a outra mente criadora não passa de uma concorrente.
Esses são espíritos mesquinhos. Eu acabei de lançar dois livros e não vou ficar aqui, com “a boca escancarada, cheia de dentes” esperando o tempo me dizer se são bons.
Se não fossem eu não os teria publicado. Isso não quer dizer que todo mundo seja obrigado a gostar do que faço. Tem gente que não gosta. Tudo certo. Não escrevo para ser amado. Babaquice. Escrevo porque preciso. Escrevo para transformar em linguagem as maravilhas e também os horrores que vejo por aí.
Escrevo para cutucar e arrancar a casca da ferida. Agora, se quiserem silenciar sobre o que faço, tô sabendo, faz parte do jogo. Mas não esperem de mim uma atitude conformista. Eu vou fazer barulho.