Por Antonio Lassance, para Brasil 247 –
Resultado positivo do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (0,59%) sepultou de vez mais uma previsão pessimista: o papo da recessão técnica
A divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que serve como uma prévia do PIB, mostrou que o País voltou a crescer, no penúltimo trimestre (julho a setembro).
A tendência para o último trimestre é também otimista.
Ao contrário de quando apostava em “recessão técnica”, o mau comentarismo econômico deu pouquíssima importância aos sinais de que o País voltou a crescer.
O resultado positivo do IBC-Br, de 0,59%, sepultou de vez o papo furado.
O resultado não só foi bom como ficou bem acima da mediana das expectativas dos analistas, que era de 0,2%.
Isso demonstra que as expectativas do mercado estão bem aquém do movimento real da economia.
Essa foi a maior expansão da economia desde o início de 2013.
No entanto, parafraseando o personagem retratado no filme “Cidade de Deus”, não é nenhum Dadinho, mas ainda é um Zé Pequeno.
Não dá para fazer uma grande festa, pois não é esse o PIB que o Brasil precisa, mas dá sim para comemorar. Se não o resultado mais animador, pelo menos a derrota da enésima previsão pessimista sobre a situação do Brasil em 2014.
Se alguém ainda se lembra, a lista de apocalipses para este ano incluía apagão, dengue em pleno inverno e vexame na organização da Copa – se é que haveria Copa.
Sobre apagão, um “especialista” em energia chegou a dizer, no início do ano, que o Governo Federal deveria seguir o “exemplo” (isso mesmo, foi assim que denominou) utilizado pelo governo paulista na gestão da crise da água em São Paulo. Hã?!
Mas não há de ser nada. Ainda falta torcer para a inflação ficar fora da meta e talvez mais alguma outra coisa que possa ser inventada antes do Natal, se é que haverá Natal.
A esta altura, aliás, sempre segundo os especialistas isentos de verdade, qualquer sujeito barbudo, vestido de vermelho e entregando pacotes na calada da noite deve ser tido como suspeito, denunciado e preso imediatamente.
Publicado originalmente no portal Carta Maior