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Paquetá assistiu no sábado, 13 de maio, ao lançamento do álbum “Breve”, na Casa de Artes da Ilha. Com músicas tiradas de poesias de Christiana Nóvoa, o show contou com o idealizador Cláudio Motta (voz), Carolina Assad (voz), Lúcia Schocair (percussão) Sueli Faria (flauta) e Davi Bessa (guitarra).
Vejam as palavras de Cláudio Motta, idealizador, produtor, arranjador, compositor e cantor do álbum, sobre o espetáculo: “Na Casa de Artes de Paquetá, tivemos uma tarde deliciosa com o acolhimento do Zé Lavrador, da Josiane e de toda a equipe da Casa. Mas, não foi só isso! A plateia, (que plateia!) era de uma gente com grande sensibilidade, participante e atenta ao nosso trabalho (ultimamente tem sido raro…), e isso nos emocionou demais. Emoção mesmo, literal!
Muito obrigados por esse carinho, por essa atenção, pelos comentários gentis! A plateia é parte importante da arte e vocês foram perfeitos!
A partir de agora, só nos resta torcer para dar a sorte encontrar públicos tão especiais assim por aí, em nossos caminhos saltimbancos musicais. Um grande beijo em todos!”
Nós é que agradecemos, Cláudio, por todo seu talento e dedicação. Agradecemos também aos músicos e técnicos que participaram deste belo álbum.”
Quem não viu o show, mas quer recuperar um pouco do que perdeu ou para quem assistiu e quer ouvir novamente as belas músicas, é só entrar em contato com o Cláudio pelo e-mail cmottacompositor@gmail.com para adquirir este bem sacado pendrive do primoroso álbum “Breve”.
E vai aqui um aperitivo do que é este grande álbum que vc está prestes a adquirir e fotos do show de lançamento:
Fotos: Anísio Vieira
Pequena entrevista com o grande autor:
Cláudio Motta, quantos anos de estrada e quantos discos você já realizou? São 40 anos de estrada, sem cansaços, sem tédios ou arrependimentos. A arte funcionou na minha vida como uma espécie de proteção, foi o que me permitiu conhecer o meu entorno de um ponto de vista humanizado e poético. A música me salvou.
Como surgiu a ideia de musicar os poemas da Christiana Nóvoa e como você foi montando o álbum? Quando li o livro da Christiana, fiquei espantado com a capacidade dela de condensar ideias, imagens e vivências de um modo absolutamente belo e sem concessões às formas anteriormente festejadas. Em surto criativo comecei a compor sem parar, em 10 dias tinha a maioria das músicas prontas.
Quem você chamou para trabalhar com você na feitura do mesmo? Além da Carolina Assad que cantou maravilhosamente mais da metade das músicas, fica muito difícil enumerar tantos sem cometer injustiças, mas vou tentar fazer uma lista: Person Tupinambá(contrabaixo), Giselle Mascarenhas (Flauta), Davi Bessa (guitarra/violão solo), Alexandre Simon (Violão solo), Tadeu Santiago (Acordeon), Eliezer Rodrigues (Tuba e trompa), Vinícius Lugon (Trumpete), Luiz Otávio ( Piano), Cesar Machado ( Bateria), Fabiano Saleck ( percussão), Gilberto Giló (percussão), Paulo Razek (coro), Felix Sete Cordas (violão 7 cordas), Marcos Suzano (tabla), Tavinho Menezes (guitarra).
Fale um pouco da concepção das músicas? Deve ser muito difícil trabalhar poemas que não foram feitos originalmente para se transformar em música. Não é mesmo? De um modo geral, sempre há musicalidade nas poesias, mas é um tipo de musicalidade diferente da usada em letras de música; daí que vi um desafio imenso e isso foi o que me ganhou.
Eu estava certo de que seria um trabalho difícil, suado mesmo, e, no entanto, a grande maioria das músicas fluiu de um modo que nem sei explicar. O resultado ficou muito bonito e, em respeito ao exotismo dos poemas, musicalmente excêntrico.