Advogado da Starlink de Musk é filho do atual comandante do Exército

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Escritório que representa a Starlink no Brasil tem como sócio o filho do comandante do Exército do governo Lula

Por Antonio Mello, compartilhado de Fórum




Comandante do Exército com Lula.Créditos: Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O advogado Tomás Schoeller Paiva é filho do atual comandante do Exército, general Tomás Paiva. Tomás é sócio da Demarest Advogados desde fevereiro de 2022, ainda no governo Bolsonaro.

A Demarest Advogados atende à Starlink, empresa de satélites de Elon Musk, que teve seus bens bloqueados pelo ministro Alexandre de Moraes além da determinação de proibir o acesso no Brasil da rede X, antigo Twitter.

Durante o dia de ontem, a informação foi de que a Starlink não havia bloqueado o acesso ao X, nem o faria, repetindo a afronta de Musk, que fez com que a rede fosse bloqueada no Brasil.

No entanto, a empresa voltou atrás e enviou um comunicado à Anatel afirmando que havia bloqueado os dois domínios da rede X: x.com e twitter.com. O documento é assinado pelo filho do comandante do Exército, Tomás Schoeller Paiva.

A assessoria de imprensa de Schoeller Paiva afirmou ao Metrópoles que o advogado tem 20 anos de experiência no setor de telecomunicações, com publicações no Brasil e no exterior sobre o tema. 

A assessoria não quis comentar desde quando o escritório presta serviços para a Starlink alegando sigilo profissional.

O Exército e a Starlink

As relações entre a Starlink e o Exército brasileiro estão sendo averiguadas no Tribunal de Contas da União, que avalia possibilidade de favorecimento na contratação da empresa do bilionário pelo Exército.

Reportagem da Folha de maio deste ano apontava que o “Comando Militar da Amazônia, do Exército, abriu uma licitação de R$ 5,1 milhões para aquisição de internet via satélite com exigências que somente a Starlink, empresa de Elon Musk, consegue atender no Brasil“.

O ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas, acionou o Comando Militar da Amazônia com uma série de questionamentos sobre a lista de exigências da licitação.

O Exército enviou respostas aos questionamentos, elas estão sob análise da área técnica do TCU e o processo ocorre sob sigilo, sem prazo definido para novos movimentos no Tribunal.

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