Publicado em Jornal GGN –
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), sua irmã Andrea Neves, o primo Frederico Pacheco de Medeiros e o ex-assessor de Zezé Perrella, Mendherson Souza, foram alvos de quebra de sigilo bancário e fiscal, por determinação do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (07).
As contas do senador tucano, de sua irmã e primo e de Mendherson serão vasculhadas entre o período de janeiro de 2014 até maio deste ano. O pedido da Procuradoria-Geral da República era para levantar provas de que Aécio teria solicitado e recebido propina de R$ 2 milhões de Joesley Batista, conforme acompanhado pelas autoridades policiais.
A justificativa da família Neves era de que a quantia era um empréstimo do amigo empresário para pagar o advogado do senador na defesa da Operação Lava Jato. Entretanto, para a PGR, os R$ 2 milhões seriam contrapartidas, na forma de propina, por favores de Aécio ao grupo J&F.
O primo de Aécio e o ex-assessor de Zezé Perrella foram acusados de intermediar o recebimento das quantias, entre abril e maio deste ano, em quatro entregas de R$ 500 mil em dinheiro vivo. As entregas foram acompanhadas e fiscalizadas, com gravações de imagem e áudio, pelos investigadores.
O relator do caso no STF, ministro Marco Aurélio, concordou em investigar as contas dos investigados no caso para entender o caminho do dinheiro, rastreando a origem e o destino dos recursos que seriam ilícitos. Os quatro já foram denunciados, também, por embaraço às investigações da Lava Jato e por corrupção passiva.
Em resposta, a defesa da irmã de Aécio informou que não há preocupação com a quebra de sigilo, mas que não foi notificado da decisão de Marco Aurélio, do STF.