Parlamentares alinhados a Bolsonaro criticaram suposto uso político do filme premiado. Líder do PL diz que cultura “não deve ter lado”
Por Paulo Emilio, compartilhado de Brasil 247
247 – O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, fez história ao vencer, na noite de domingo (2), o Oscar de Melhor Filme Internacional. No entanto, a premiação da produção brasileira não passou sem críticas da oposição ao governo. Segundo o Metrópoles, parlamentares bolsonaristas parabenizaram a conquista, mas questionaram um suposto viés político do longa.
Enquanto a base governista comemorou amplamente a vitória, poucos congressistas bolsonaristas se manifestaram sobre o prêmio. O o líder do PL no Senado, Carlos Portinho, celebrou a conquista, mas criticou o que chamou de “mistura entre cultura e política”. “A cultura é uma política de Estado e não deve ter lado, sendo a identidade da nossa nação. Não pertence a um grupo político. Não queiram se apropriar”, escreveu Portinho em sua conta na rede social X antigo Twitter.Play Video
Já o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) foi além. Apesar de elogiar a produção e as atuações, minimizou a importância da categoria de Melhor Filme Internacional e sugeriu que a politização do longa teria prejudicado suas chances de vencer em outras categorias.
“O filme brasileiro Ainda Estou Aqui infelizmente perdeu as duas mais importantes e mais esperadas estatuetas: a de melhor atriz e a de melhor filme. Se não tivesse sido tão politizado, quem sabe não teria levado as demais [categorias]?”, disse o bolsonarista.
A produção brasileira também concorreu a Melhor Filme e Melhor Atriz, com Fernanda Montenegro indicada ao prêmio. No entanto, nessas duas categorias, o Brasil acabou derrotado.