Se a iniciativa for aprovada, o subsídio do governador eleito teria alta de 50% e chegaria a R$ 34,5 mil a partir de janeiro. Impacto total da medida pode chegar a R$ 1,5 bilhão
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Tarcísio de Freitas
247 – Os deputados paulistas aceleraram o ritmo de votação de um projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que “concede o dobro da inflação para os salários do governador, do vice-governador, dos secretários estaduais e de todo o funcionalismo que recebe o teto pago pelo Estado”, diz o jornal O Estado de S. Paulo. Se aprovada, a iniciativa poderá custar cerca de R$ 1,5 bilhão por ano aos cofres do tesouro estadual.
“Pela proposta assinada e apoiada pelos líderes dos principais partidos representados na Casa, o subsídio do governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos), por exemplo, teria alta de 50% e chegaria a R$ 34,5 mil a partir de janeiro.
Hoje, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) recebe R$ 23 mil. Se fosse aplicada a inflação sobre o último reajuste, feito em março de 2019, o salário ficaria em R$ 28,7 mil, ou seja, 24,7% maior que o atual, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período”, ressalta a reportagem.
Ainda segundo o periódico, o mesmo indicador de reajuste seria aplicado aos vencimentos do vice-governador eleito, Felício Ramuth (PSD), e para os secretários estaduais que irão assumir os cargos a partir de 2023. Neste caso, os valores passariam de R$ 21,9 mil para R$ 32, 8 mil e de R$ 20, 7 mil para R$ 31,1 mil, respectivamente.
O aumento, porém, deverá resultar em um efeito cascata , uma vez que o teto do é atrelado ao salário do chefe do Executivo estadual. “Sem dar publicidade ao tema – o projeto passou a tramitar no dia 19 de outubro, em meio ao segundo turno das eleições –, a mesa diretora da Alesp já tentou aprovar a medida em duas oportunidades, na terça, 8, e na quarta, 9. Em ambos os casos, no entanto, não houve quórum necessário para a votação”, diz a reportagem.