Professora chega a agradecer o presente, mas após abrir fica constrangida e é aconselhada por aluna a devolver
Por Julinho Bittencourt, compartilhado da Revista Fórum
Nza foto: Professora vítima de racismo.Créditos: Reprodução de Vídeo
Um aluno de 17 anos da rede pública do Distrito Federal deu para a professora de português, uma mulher negra, uma esponja de aço. Ele entregou o pacote e disse ser em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres.
O caso ocorreu no Centro de Ensino Médio 9, em Ceilândia e foi gravado pelos colegas do estudante.
Nas imagens, é possível ver quando o aluno, de 17 anos, entregou o pacote. A professora ainda exclama: “Gente, recebi um presente!”.
Ao abrir o pacote, ela fica constrangida. Uma aluna diz para ela não aceitar o presente, mas a professora diz “tudo o que vai volta” e agradece ao aluno que entregou a esponja de aço enquanto alguns estudantes dão gargalhadas. “Algumas pessoas viram ela chorando depois”, conta um estudante do CEM.
Secretaria de Educação
A Secretaria de Educação disse que vai se reunir com o estudante e com a professora para mais esclarecimentos. A pasta informou que “repudia qualquer tipo de preconceito e reforça compromisso e empenho na busca por elementos que permitam o esclarecimento dos fatos, bem como o suporte aos envolvidos”.
Direção da escola
A diretora do Centro de Ensino Médio 9 disse à TV Globo ter pedido que o aluno faça um texto para ser lido em sala de aula, se desculpando com a professora e com os colegas. Além disso, os pais do estudante foram avisados.
A escola diz que não fez o boletim de ocorrência porque ainda não ouviu a professora. A investigação será conduzida pela Delegacia da Criança e do Adolescente de Taguatinga.
O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) soltou nota em que repudia a atitude do estudante e pediu rigor na punição.
“É lamentável episódio como esse contra professora em exercício da profissão dentro da sala de aula. Precisa ser apurado com o rigor da lei. É apenas mais um exemplo de como os professores são tratados em sala de aula, os professores precisam ser valorizados, os professores merecem respeito”, disse Samuel Fernandes, diretor do Sinpro-DF.
Com informações do UOL e do Metrópoles