Por Fábio Lau, jornalista
Alunos ricos de uma escola de bacanas em São Luiz libertaram seu racismo contido sobre um menino preto, de 9 anos, que, com bolsa de estudos, ousou estudar na instituição.
Sabe-se que para a elite econômica, a presença de pretos e pobres no reduto de seus filhos é inaceitável.
E isso remete ao século XIX quando Pedro II deu aos meninos pretos, filhos de negros libertos, o direito de frequentar a mesma escola dos brancos.
Confeccionaram, os arianos maranhenses, um simulacro de carteira de trabalho e deram na mão do “invasor”.
Num ato público de modo a humilhá-lo.
Chamaram-no de pobre, escravo, pedreiro civil, com obrigações de trabalhar 18 horas para ganhar R$50.
O Maranhão é dos estados com mais baixos indicadores sociais e por décadas foi dominado por uma oligarquia política corrupta e nefasta.
Quebrada providencialmente por Flavio Dino.
A escola mobilizou pais de alunos para conter o ânimo do pai da vítima, o jornalista Ismael Filho.
Como se sabe, a nota de desagravo dirá: “(…)esta instituição rejeita toda e qualquer forma de preconceito de raça, etnia, classe social”…