Por Virgilio Almansur, compartilhado de Construir Resistência
Pré lançamento estourou!
A rapidez com que a república de Curitiba foi desmascarada se deve, muito, ao hacker Delgatti. Mas não se fala nele…
A idéia é o recorte da Vaza Jato, mas com suporte técnico, até à caída da ficha dos homúnculos do supremacista tribunal que pensou na justiça e na CF/88!
A explosão, desde o The Intercept Brasil (TIB), em 09/06/19, premiou a muitos. Em que pese essa revelação ter seu imediatismo como acelerador da justiça, esta já vinha sendo acionada pelos inúmeros profissionais que se destacaram em seus meios.
Tecnicamente, havia a percepção de um formalismo capenga. A sentença, exarada pelo juiz ladrão, não encontrava respaldo na denúncia do MP.
O Direito requer sua forma. Sem esta, o conteúdo, não raro, caminha para o arbítrio. E foi isso que assistimos nos vários informes que surgiam no meio jurídico e por alguns jornalistas mais dedicados.
AMIGO SECRETO vem colocar esses e outros aspectos em cheque e em tela, rememorando aqueles pequenos heróis que se dedicaram na busca dos materiais agora vistos na telona…
A rotina dos jornalistas Leandro Demori, do The Intercept Brasil, Carla Jiménez, Marina Rossi (El País) e Regiane Oliveira, é apresentada. É a excelência do vaza-jatismo como reportagem que conseguiu expor os meandros da operação criminosa que catalisou corações e mentes com a cumplicidade golpista dos jornalões e TVs abertas.
O Brasil retratado ali é o país num verdadeiro lamaçal! É a vigarice das instituições e de seus golpismos instantâneos sendo vistos numa nova perspectiva que “O Processo” da mesma diretora não pôde revelar.
Esse salto para o “Amigo Secreto” faz de Maria Augusta alguém que passa a limpo seus fantasmas desconcertantes n’O Processo ainda em voga, como documentário que revela o impeachment de Dilma e seus bastidores sem intromissão.
Aqui, hoje, as cenas estão trabalhadas e a interferência (sólida e com aporte técnico invejável) da diretora parece ao sabor de outras obras com sua assinatura.
A investigação da “justiça” injusta ou propriamente injustiça, tem na prisão de Lula um foco especial e que começa a antecipar toda a inquietação que toma curso na película.
Produzido por Nofoco Filmes, Docmakers e Gebrueder Beetz Fimproduktion, tem também co-produção pela Vitrine Filmes que distribuirá por aqui.
A operação criminosa do escritório curitibano é esmiuçada nas condutas de juizes e procuradores cujo escândalo observamos à conta gotas… Eram manipuladores — e cometeram ilegalidades jurídicas que são elencadas no filme.
Virgilio Alamnsur é médico, advogado e escritor.