Por Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo –
Entidade considera inaceitável a tentativa de criminalizar expressões políticas democráticas. O que deve ser criminalizado são as manifestações de ódio e perseguição a adversários
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) repudia a divulgação da lista com informações pessoais, incluindo endereços, número de telefone e documentos, de cerca de mil pessoas consideradas antifascistas. O objetivo da divulgação é, claramente, intimidar, expor a campanhas de perseguições e ameaçar – inclusive com riscos físicos.
O SJSP também manifesta sua solidariedade a todos os indivíduos ali expostos, que vão desde ativistas que participam de organizações chamadas antifas, até pessoas que apenas manifestam seu apoio por meio de curtidas em redes sociais – nada disso é crime ou poderia, sob nenhuma circunstância, servir como pretexto para invadir a privacidade e perseguir com base em sua posição política.
São inaceitáveis as tentativas de criminalizar quem luta por democracia, como fazem Trump e Bolsonaro. Sua intenção é a de intimidar e minar manifestações populares legítimas que se chocam com seus governos.
Também é inaceitável a postura de parlamentares como Douglas Garcia (PSL-SP), que infllam seus apoiadores a levantar dados, divulgá-los e perseguir pessoas com posicionamento político divergente.
Jornalistas prejudicados
O Sindicato coloca-se à disposição dos jornalistas que eventualmente estejam na lista para adotar as medidas cabíveis – inclusive a entidade vê indícios de invasão de privacidade, difamação e incitação à violência. Ao acusar cada indivíduo de ser antifascistas e, por isso terrorista, também é possível constatar o crime de calúnia. Veja os contatos.