O ex-presidente sinalizou que os debates sobre a reforma trabalhista podem ser comandados pelo seu candidato a vice
Por Lucas Rocha, compartilhado da Revista Fórum
Em discurso feito em encontro com sindicalistas nesta quinta-feira (14) o ex-presidente Lula (PT) reforçou suas críticas à reforma trabalhista de Michel Temer e indicou que segue disposto a reverter a desregulamentação promovida na ocasião. O petista sinalizou que pode colocar seu candidato a vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), à frente das discussões. Na quarta-feira, o PT aprovou a inclusão da revogação da reforma trabalhista no plano de governo do pré-candidato á presidência.
Na atividade, onde as centrais apresentaram o documento unificado com as pautas dos trabalhadores aprovados na Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat) 2022, o ex-presidente voltou a mencionar a reunião que fez com o governo da Espanha sobre a revogação da reforma trabalhista neoliberal implementada em 2012 no país europeu e celebrou os avanços previstos na nova legislação para trabalhadores autônomos e de aplicativos.
“Aqui no Brasil não adianta dizer ‘vamos derrubar tudo e voltar como era antes’. Não. Nós nem queremos o que era antes, nós queremos melhorar as coisas. Queremos adaptar a legislação trabalhista a uma realidade atual“, declarou Lula.
“Não queremos voltar a 1943, queremos fazer um acordo que leve em conta a realidade dos trabalhadores em 2023, 2024, 2030. A gente não quer olhar para trás, a gente que avançar”, completou.
Lula afirmou que ele e Alckmin estão comprometidos com as centrais sindicais a promover uma mesa de negociação com empresários a fim de estabelecer uma nova legislação trabalhista. Ao comentar sobre isso, sinalizou que essas conversas devem ser comandadas pelo ex-governador.
“Uma mesa de negociação pode ser coordenada pelo vice-presidente, não precisa ser pelo presidente”, cravou.
Alckmin: “A luta sindical deu ao Brasil o maior líder do popular deste país, Lula”
Em discurso, Alckmin exaltou a luta sindical e a figura do ex-presidente Lula. Segundo ele, “a luta sindical deu ao Brasil o maior líder do popular deste país, Lula”.
“Estamos em um dia histórico. Reúnem-se as maiores centrais sindicais de todo o país. Nos remete a nossa história. Em todas as vezes que o Brasil estava em risco, o povo brasileiro se uniu, não se apequenou”, disse ainda.
