Publicado em Brasil 247 –
Depois de Fabrício Queiroz, o principal envolvido no esquema do clã Bolsonaro, aparece outro PM nas nebulosas histórias da família presidencial; o tenente-coronel da PM do Rio Wellington Servulo Romano da Silva, que trabalhou para Flávio Bolsonaro por um ano e quatro meses, passou 248 dias fora do país durante o tempo em que esteve lotado no gabinete do deputado estadual; apesar da ausência, Servulo recebeu os salários e as gratificações pagos pela Assembleia Legislativa do Rio.; ele também efetuou uma transferência de R$ 1,5 mil para conta monitorada pelo Coaf
De acordo com reportagem veiculada pelo Jornal Nacional nesta quarta-feira (12), Servulo também é citado no relatório do Coaf como um dos servidores que teriam irrigado a conta movimentada por Fabricio de Queiroz com a transferência de R$ 1,5 mil. Durante o período em que ficou fora do Brasil, Servulo viajou sempre para Portugal. Em abril de 2015, ele viajou para fora do Brasil por um período 44 dias. Na época ele trabalhava como funcionário da vice-liderança do PP, partido de Flávio Bolsonaro na ocasião. Apesar disso, ele recebeu integralmente o salário de R$ 5,4 mil. Ainda no mesmo ano, ele realizou outras quatro viagens para Portugal. Em 2015, o ex-assessor passou, ao todo, 115 dias no exterior.
Já em 2016, ele fez uma outra viagem na qual ficou longe do Brasil entre os dias 9 de março e 8 de abril. O servidor foi exonerado do cargo que ocupava na vice-liderança do PP no dia 1 de abril. No dia 18 de maio do mesmo ano, contudo, ele foi nomeado para um cargo o gabinete de Flávio, mas voltou a viajar para Portugal apenas dois dias depois. Nesta viagem foram mais 15 dias afastado do Brasil. Em julho, Servulo fez uma nova viagem para Portugal, onde passou mais 45 dias. Ele foi exonerado no dia 1º de setembro de 2016.
Segundo o jornal O Globo, a mãe do tenente-coronel, Nanci Silva, informou que o filho reside em Portugal há cerca de dois anos, A mudança teria acontecido após sua esposa ter sido vítima de um sequestro.
Flávio Bolsonaro, que foi eleito para o Senado na eleição deste ano, afirmou que não procede a informação de que o ex-assessor residia em Portugal durante o período em que trabalhou lotado no gabinete. Ainda segundo o parlamentar, o depósito de R$ 1,5 mil é normal e que ele não pode ser cobrado por isso. Flávio disse, ainda, a família do ex-assessor possui cidadania portuguesa e que ele próprio não é alvo de nenhuma investigação.