Por João Tavares, jornalista –
“Em março de 1964 dois jovens dividiam os bancos escolares e os dias e noites de efervescência politica na USP: Chico Buarque de Hollanda e Miguel Reale Jr. Meio século depois eles se reencontram no plenário do Senado: Reale, defendendo mais um golpe; Chico – de novo – do lado da democracia. Se pudesse, em 64, Reale botaria fogo na biblioteca socialista do pai do Chico. Em 2016 Reale põe fogo no país. Chico, que usou sua juventude para enfrentar e denunciar uma ditadura, agora empresta seu talento e sua biografia para novamente defender a democracia, o voto popular, a liberdade e o estado de Direito”