Um Lula no melhor do humor subiu ao palco do Teatro Oi Casa Grande, Rio, Leblon, na festa de apoio a Dilma pelos intelectuais e artistas, em 15 de setembro. Durante 54 minutos, Lula falou de sua época na presidência, no combate à pobreza, nos programas sociais, na necessidade de reforma política, na relação de lealdade com Dilma e também sobre a grande imprensa. Sempre com muito humor e acompnhado de aplausos e palavras de ordem de cerca de duas mil pessoas, entre os presentes no teatro e os que ficaram na parte externa, assistindo por telão.
Abaixo algumas declarações de Lula sobre a mídia, que ele considera como oposicionista.
Globo e atores em campanhas: “Houve um tempo em que a Globo era mais democrática. Houve um tempo em que artista da Globo podia participar de campanha, sem regras. Agora há uma regra que diz que o ator só pode participar se não estiver numa novela”. Vaias, seguido de “Fora Rede Globo”. Lula completa: “Vocês dizem isso e amanhã O Globo, em manchete, vai dizer: ‘Lula ataca a imprensa.’ (risos e aplauisos).
Grande imprensa: “Hoje no Brasil há uma coisa “fantástica”. Antigamente o jornalista perguntava para a gente responder. Hoje, eles respondem para a gente perguntar”.
Se dirigindo a Dilma: “Eles não querem saber o que vossa excelência pense. Eles querem que a sociedade saiba o que eles pensam. Ou seja, uma falta de respeito de respeito de ética… Falta de respeito ao papel de jornalista”.
“Na verdade, a imprensa começa a perder o respeito quando começa a esquecer do papel de informar. Ninguém está pedindo para ser a favor. Que seja contra, mas que tenha embasamento para falar coisas. O que não pode é viver contando mentiras contra esta mulher.”
Se dirigindo a Thomas Traumann, ministro da Secretaria de Comunicação Social, ministro da Secretaria de Comunicação Social: “Sei, Thomas, que não é tarefa para um homem só. Mas é tarefa para uma presidenta.”
Marco regulatório da comunicação: “Teve coisa não deu para fazer no meu mandato. Fizemos a Conferência Nacional de Comunicação, mas por “n” motivos não foi possível implantar o marco regulatório. Acho que o marco regulatório é uma necessidade.
Hoje vejo mais imprensa do que eu via quando era presidente. Porque, a gente como presidente, se ler tudo que falam da gente, não governamos. Apenas respondemos o que falam da gente.
Tomei a decisão de não ler mais jornais e ver televisão. Se eu fizesse isso, a azia teria me matado.
Chegava no gabinete e via a Dilma, o Marcio Thomas Bastos, o Gilberto Carvalho pisando duro. Todo mundo nervoso. E eu chegava rindo. ‘Você viu o que a imprensa falou? Não vi e nem quero ver’.
Eu converso com muita gente, tinha um companheiro que me passava as coisas razoáveis que eu precisava ver.
Mas o que deixa um jornalista raivoso é quando ele escreve uma coisa contra você e você não lê. Ele quer que você fique com raiva. Então, entre ele ou eu ficar com raiva, deixa ele ficar. O mau humor que fique para ele. A imprensa para pode fazer o que bem entender. Desde que não precise do governo para sobreviver.”
“Não lembro o dia em que uma revista falou bem de mim. Se falou, eu não li. Mas se falasse bem alguém comentaria comigo. O que fico indignado é com a desfaçatez. A grande oposição deste país é a mídia.”
Necessidade de distribuir melhor o bolo publicitário: “não podemos é dar todo o dinheiro para nave mãe (Globo). Precisamos fazer esta mudança.”
Veja também nos links a baixo os melhores momentos do grande evento, com discurso de Ana Paula Lisboa (movimento de favelas), Marilena Chauí, Leonardo Boff e grande encerramento com Dilma, didática, fazendo um balanço do que foi feito pela Cultura e outros temas, reconhecendo que há ainda muito a ser feito.
http://mudamais.com/ruas-e-redes/lula-inspirado-e-dilma-didatica-artistas-com-dilma
http://www.dilma.com.br/noticia/artistas-de-coraCAo-valente-395,
Bem Blogado
