Artistas vão processar políticos e grupos de direita por difamação

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Publicado em Brasil 247 – 

Produtores e artistas culturais que se sentiram ofendidos e difamados em vídeos onde políticos e grupos na internet associavam obras e exposições á zoofilia e pedofilia decidiram que irão ingressar com ações na Justiça pedindo reparação; dentre os políticos que agravaram vídeos do gênero estão os prefeitos do Rio de Janeiro e São Paulo, Marcelo Crivella e João Doria, respectivamente, e grupos de direita, como o Movimento Brasil Livre (MBL); decisão de buscar a Justiça foi tomada durante uma reunião na casa da produtora Paula Lavigne

Produtores e artistas culturais que se sentiram ofendidos e difamados em vídeos onde políticos e grupos na internet associavam obras e exposições á zoofilia e pedofilia decidiram que irão ingressar com ações na Justiça pedindo reparação. Dentre os políticos que agravaram vídeos do gênero estão os prefeitos do Rio de Janeiro e São Paulo, Marcelo Crivella e João Doria, respectivamente. Dentre os grupos que também fizeram associações semelhantes destaca-se o Movimento Brasil Libre (MBL). A decisão de buscar a Justiça foi tomada durante uma reunião na casa da produtora Paula Lavigne, no Rio, que reuniu cerca de 100 pessoas ligadas às artes e cultura.




“O principal neste momento é mostrar à população que Crivella e Doria mentem ao associar o conteúdo da “Queermuseu” e da performance (“La Bête”) no MAM-SP à pedofilia e zoofilia, eles estão difamando profissionais sérios e enganando a população. Uma funcionária minha veio me perguntar se eu ia “defender pedofilia”. Este tipo de confusão vem da disseminação indiscriminada destes vídeos, que estão sendo usados por políticos para criar uma cortina de fumaça sobre os reais problemas do país”, diz Paula Lavigne.

“Por isso também vamos entrar com ações na justiça contra políticos e grupos (o Movimento Brasil Livre é um deles) que usam a difamação como forma de enganar a população. É um movimento para dizer que exigimos respeito”, completou. Um dos artistas que pretende buscar reparação na Justiça é Adriana Varejão, autora da tela “Cenas de interior II”, que integra a exposição “Queermuseu”, que foi cancelada em Porto Alegre após pressão de grupos de de extrema direita e que também proibida no Rio de Janeiro.

Adriana Varejão destaca que, diante da polêmica, o Ministério Público do Rio Grande do Sul realizou uma fiscalização na exposição “Queermuseu” e não encontrou nada que relacionasse a mostra à pedofilia ou zoofilia. “Por mais absurdo que seja o MP ir a um museu para verificar isso, este fato demonstra claramente que estas acusações são falsas, é uma esta campanha de difamação passível de processo. Sofri vários ataques pessoais e todos terão resposta”, afirma.

Paralelamente as ações judiciais, os artistas pretendem lançar, neste domingo (8), por meio da internet, uma campanha de conscientização batizada de “342 artes”.

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