Não, não estou falando da nova série, que não irei assistir em respeito ao meu livro favorito: #CemAnosdeSolidão.
Por Adriana do Amaral, compartilhado de seu Blog
E, sim, do resultado das urnas.
Em Macondo, todos os políticos tendem à direita.
Fato.
E, nesse cenário, um deles escolheu o pior deles – ou que ele previa ser um porto seguro.
Poucos votaram no “coronel”.
Não o candidato, mas no padrinho político: o ex-presidente da República, aquele que negou a vacina, permitiu mortes generalizadas por falta de ar, que enriqueceu como se tivesse o poder de abrir o “Sésamo” tal o ladrão famoso, e que conseguiu votos o bastante para os próprios filhos.
Mas, qual a boa nova que veio de Macondo?
A fotografia do ex-casal que defendia que a terra é plana, que abusou da desinformação, que colocou os jornalistas no “cercadinho” não é mais um cheque em branco.
Isso mesmo. a cidade do interior paulista que se bolsonarizou, sobretudo após a pandemia, preferiu o “certo pelo incerto”, não quis “renovar” a política.
Ou seja, “as tais fotografias” em que o casal aparece como apoiadores, não surtiu o efeito esperado.
Eu não critico o perfil do candidato, que pouco conheço, mas as suas escolhas.
Deu no que deu confiar no inelegível.
O #RiodeJaneiro continua lindo
Enquanto isso, na cidade maravilhosa…
Reduto da direita radical, lugar onde caixas de papelão contendo dinheiro em espécie foram apreendidas às vésperas das eleições, onde vereadora sofreu ameaçadas, o reinado do casal também parece estar ruindo.
É claro, o resultado das urnas não foi o ideal, foi o possível, impulsionado pela ampla frente que uniu esquerda e centro.
Eduardo Paes contou com o apoio do presidente Lula, mas integra o time de outro político que, curiosamente, tende mais à direita do que a esquerda, sendo centro.
Mas o que Macondo e Rio de Janeiro têm de comum?
Como construir um sonho feliz de cidade?
Tanto os prefeitos de Macondo quando do Rio de Janeiro integram o partido daquele que fixou o jingle na minha memória:
“Quem sabe sabe, vota comigo…”
#GilbertoKassab é o maestro da política da vez.
O articulador por trás dos sucesso dos prefeitos de Macondo e da Cidade Maravilhosa, o homem que já se manifestou em prol do candidato de direita em São Paulo, pela reeleição daquele que herdou a prefeitura dos tempos onde os tucanos ainda tinham voto.
Kassab flerta com o governador que quer ser presidente e ambos apoiam Ricardo Nunes.
Um prefeito que teve mito tempo (desde 2021 no poder e antes disso vice-prefeito) para mostrar a que veio e mostrou:
é político, não administrador. Não cuida dos interesses da população, mas sim do capital.
Reeleito, será impulsionador da candidatura do governador de São Paulo, aquele que prega a repressão e a privatização como soluções para todas as questões do Estado.
#SãoPaulo merece mais.